No Brasil, quando a maioria da população pensa sobre crítico de cinema, pensa em Rubens Ewald Filho. Sua fama começou nos jornais em Santos, onde nasceu, e São Paulo, depois se consolidou nacionalmente com suas participações nas transmissões do Oscar – na Globo, SBT e TNT, e programas televisivos.
Pois Rubens Ewald Filho morreu hoje, 19 de junho de 2019, no Hospital Samaritano em São Paulo, onde estava internado desde maio. Estava com 74 anos.
O crítico publicou vários livros, muitos deles guias de filmes com lançamentos em DVD, um dicionário de cineastas e um interessante relato de suas experiências com o Oscar. Alegava ter assistido entre 60 e 70 mil filmes em sua vida, tornando célebre seu relato de que assistia até dois a três filmes ao mesmo tempo.
Suas publicações, e até seu visual, revelam uma não explícita referência ao crítico norte-americano Leonard Maltin, que anualmente publica um guia cumulativo de filmes, com cotação e uma rápida crítica com ficha técnica.
Escrevia de forma simples, em textos que não se aprofundavam demais para que fossem acessíveis ao grande público. O que mais cativava seus leitores era a paixão pelo cinema, evidente em todas as suas resenhas. Ao vivo, na televisão, surpreendia por sua memória incrível sobre fatos e dados sobre o cinema e seus artistas.
Sua experiência no cinema prática inclui roteiros dos filmes A Árvore dos Sexos e Elas São do Baralho, ambos de 1977, e de novelas, entre elas, Éramos Seis.
Com seus textos e comentários claros e apaixonados Rubens foi responsável por iniciar a cinefilia de muita gente no Brasil.
Rubens Ewald Filho conta detalhes de sua vida em entrevista que concedeu recentemente a Felipe Haurelhuk, do canal Meu Tio Oscar. Vale a pena assistir: