Pesquisar
Close this search box.
O Espetacular Homem-Aranha (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

O Espetacular Homem-Aranha

Avaliação:
6/10

6/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

O Espetacular Homem-Aranha chega cedo demais aos cinemas.

Para muitos, a trilogia Homem-Aranha (2002), Homem-Aranha 2 (2004) e Homem Aranha 3 (2007), dirigida por Sam Raimi e estrelada por Tobey Maguire era definitiva. Pela primeira vez, os efeitos especiais conseguiram reproduzir os balanços do herói pendurados na sua teia de forma realista. Com isso, os fãs ficaram empolgados com a possibilidade de verem seu aracnídeo preferido saltando e pulando como se fosse de verdade. O roteiro também respeitou bastante as histórias dos quadrinhos, salvo algumas diferenças. Sem contar que Tobey Maguire tinha a cara e o perfil do Peter Parker das revistinhas.

Mais um filme do Homem-Aranha?

Então, O Espetacular Homem-Aranha, do diretor Marc Webb, soa a princípio dispensável. Ainda mais porque optaram por recontar a origem do herói novamente. E, para agravar a situação, aqui as mudanças em relação aos quadrinhos são maiores. Por exemplo, Peter Parker agora é filho de um importante e renomado cientista, que desaparece e deixa o rapaz sob os cuidados de seus tios.

Outro grande ponto fraco do novo filme é a escolha de Andrew Garfield para o personagem título. Afinal, Garfield, ao contrário de Tobey Maguire, aparenta autoconfiança e boa pinta demais para encarnar o tímido e encanado Peter Parker. Por outro lado, a vantagem é que, na pele do Homem-Aranha, Garfield solta aquelas frases sarcásticas e provocativas que o herói costumava falar durante as lutas. Ou seja, Garfield funciona como o super-herói, mas não como Peter Parker.

Ainda falando do elenco, Sally Field e Marty Sheen, como Tia May e Tio Bem, também são exemplos de miscasting. Principalmente Sally Field, que não se parece em nada com a personagem dos quadrinhos. De fato, ela não tem aquela fragilidade que fazia os leitores temerem pela sua saúde o tempo todo.

O que melhorou em O Espetacular Homem-Aranha em comparação à trilogia de Sam Raimi foi, sem dúvida, o relacionamento amoroso do herói. O romance entre Gwen Stacy (Emma Stone, essa sim, perfeita para o papel) e Peter Parker no novo filme está muito mais em evidência e mais convincente do que aquele de Peter com Mary Jane (naquele caso o miscasting era de Kirsten Dunst) ou com a própria Gwen (Bryce Dallas Howard, outra má escolha), nos filmes com Tobey Maguire.

Espetacular na produção

Mas a produção do filme, como diz o próprio título, é espetacular. Há uma modernização no estilo das cenografias, mais futuristas, e nas cenas com efeitos especiais. As lutas contra o Lagarto são movimentadas e bem encenadas, ainda que o vilão apareça em versão computadorizada, o que afasta um pouco do realismo. Pena que não resolveram pular diretamente para uma nova aventura do Homem-Aranha, mesmo que tivessem que, para isso, dar continuidade no desenrolar da narrativa da primeira trilogia. Seria improvável que os novos envolvidos aceitassem todas as escolhas feitas anteriormente.  Afinal, ainda que assumindo alguns erros mas também acertos, a vontade era de se fazer uma nova obra. A porvir “Parte 2” tem, então, mais chance de agradar, pois será uma aventura inédita, que trará os vilões Rino (Paul Giamati) e Electro (Jamie Foxx) e ainda a rival de Gwen, Mary Jane Watson (Shailene Woodley).

Mas o que tem irritado os fãs, e não só do Homem-Aranha, mas também de outros super-heróis levados às telas, é a despreocupação com a preservação da identidade secreta. Neste filme, como também em outros, como em Batman, O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o herói passa muito tempo fantasiado mas sem a máscara. A sensação é de estar exposto nu em público.


O Espetacular Homem-Aranha (filme)
O Espetacular Homem-Aranha (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo