Pesquisar
Close this search box.
O Ritmo da Vingança (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

O Ritmo da Vingança (The Rhythm Section)

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

Em O Ritmo da Vingança (The Rhythm Section), Blake Lively invade o mundo da espionagem para saciar sua sede de vingança.

Blake Lively é Stephanie Patrick, uma mulher norte-americana que perdeu seus pais e seus dois irmãos em um acidente aéreo há três anos. Depois da tragédia, largou os estudos em Londres e se tornou viciada em drogas, que ela compra trabalhando como prostituta. Quando um jornalista investigativo a procura afirmando que a explosão no avião que matou sua família foi um ato terrorista e que um dos responsáveis está na livre na cidade, ela decide se vingar.

MI-6

Há uma rede complexa de interesses que levou à explosão do avião. Então, Stephanie tem como mentor o ex-agente da MI-6 Iain Boyd (Jude Law) para prepará-la para agir. Por fim, após um árduo treinamento, ele a guia pela rota de terroristas responsáveis pela morte dos mais de 200 passageiros do avião.

Na verdade, não é mera coincidência que O Ritmo da Vingança pareça um filme de James Bond. Afinal, Barbara Broccoli, filha de Albert R. Broccoli, e herdeira da franquia do agente inglês, é a produtora do filme, juntamente com Michael G. Wilson, também responsável pelos filmes do 007. E o herói desta vez é uma personagem feminina, que era uma possibilidade após a saída do último filme com o ator Daniel Craig como Bond.

Assim, repetindo uma característica dos filmes de James Bond, O Ritmo da Vingança é filmado em várias locações internacional. Ou seja, para cumprir sua missão de vingança pessoal, a protagonista Stephanie sai de Londres e passa pelo Loch Frey (em Inverness, Escócia), Surrey (Inglaterra), Madri (Espanha), Tânger (Marrocos), Nova York (EUA) e Marselha (França). Enfim, o filme é agitado, e não só por todas essas locomoções, mas porque em quase todos esses locais Stephanie tem um alvo a eliminar.

Reed Morano

A diretora Reed Morano deve ter se preocupado em construir uma personagem feminina forte, considerando alguma influência de sua experiência anterior na série O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale). De fato, Blake Lively surpreende ao deixar de lado sua beleza, tão explorada em sua filmografia. Aqui, ela compõe uma protagonista durona, que entra em cenas que demandam força física e até brutalidade, inclusive em lutas corporais contra homens. Para isso, no lugar de seus longos cabelos loiros, a atriz aparece na maior parte do filme com cabelo curto, e até tingido de preto.

Porém, o roteiro escrito pelo estreante Mark Burnell (autor também do livro que deu origem ao filme) exagera na quantidade de etapas que a heroína precisa percorrer para atingir seu objetivo de vingança. De fato, se tomarmos como base as locações que apontamos acima, das sete, duas delas pelo menos poderiam ser eliminadas. Por exemplo, tomam muito tempo as sequências onde ela encontra os pais do alvo do atentado no avião e aquela em que ela faz o primeiro contato com o ex-agente Mark Serra (Sterling K. Brown).

Anticlimax

Por fim, depois de tantas etapas, a conclusão acaba parecendo muito anticlimática. Não há um confronto entre a protagonista e o principal responsável pelo atentado. Portanto, faltou dosar melhor as emoções durante o filme.

E a trilha sonora é outro elemento que causa desconforto. A diretora Reed Morano optou por inserir algumas canções pop em cenas de ação e suspense, o que soa totalmente fora do contexto. Assim, essas músicas acabam por reduzir a emoção e não cumprem o seu objetivo de incrementar o tom que esses trechos demandam.

Enfim, O Ritmo da Vingança serve apenas como um aperitivo para o novo filme de James Bond, Sem Tempo Para Morrer (No Time to Die), o último com Daniel Craig, que deve estrear em novembro de 2020.


Onde assistir:
O Ritmo da Vingança (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo