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Poster do filme "O Sexto Sentido"
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O Sexto Sentido

Avaliação:
10/10

10/10

Crítica | Ficha técnica

A primeira visita a O Sexto Sentido (The Sixth Sense) provoca arrepios, um tremendo filme de suspense com momentos de terror. Mas, nas revisões posteriores, já conhecendo a sua revelação surpreendente, a obra se transforma num tocante drama melancólico.

Catapultou a carreira de M. Night Shyamalan, responsável pelo roteiro e direção, que encontrou o caminho para seu cinema autoral, do qual viria a se desviar desastrosamente em alguns passos errados no futuro. O longa chegou a receber seis indicações ao Oscar nas categorias: filme, direção, roteiro original, ator coadjuvante (Haley Joel Osment), atriz coadjuvante (Toni Collette), edição (Andrew Mondshein).

A trama, sem spoilers

O Sexto Sentido é um caso típico de filme que não pode ter spoilers. Ou melhor, os spoilers eliminam a experiência do suspense, como mencionado acima. Então, aqui preservaremos essa possibilidade para que o leitor tenha o pacote completo à sua disposição.

Dito isso, a trama acompanha Malcolm Crowe (Bruce Willis), um premiado psicólogo infantil na ajuda ao seu novo paciente, Cole Sear (Hayley Joel Osment). O menino sofre bullying na escola, onde o chamam de esquisitão por conta de seu estado de constante tensão, comportando-se de maneira arredia e, às vezes, agressiva. Sua mãe, Lynn (Toni Collette), cuida dele sozinho, e trabalha em dois empregos para sustentar o lar.

Então, após conquistar a confiança de Cole, o psicólogo consegue que ele revele o que o aflige tanto. Desse momento em diante, o filme se abre para alguns jump scares e aparições assustadoras.

Obra-prima de Shyamalan

Shyamalan escreveu um roteiro brilhante. Após a conclusão, o espectador percebe que todas as peças se encaixam perfeitamente nesse inteligente quebra-cabeças. Mesmo no crivo de uma revisão, o enredo se prova impecável.

Na direção, Shyamalan mantém o alto nível. Aclimata a estória no outono, chuvoso e frio, temperatura ligada à presença dos mortos. A estação combina com a melancolia da trama, evidenciada na expressão triste de Bruce Willis, no desespero de Hayley Joel Osment e na agonia de Toni Collette, os três em desempenhos formidáveis.

Entre as opções acertadas do diretor, destaca-se o uso dos fade-outs nas transições entre cenas, que indica o caráter intermitente da presença de Malcolm na vida de Cole. Além disso, Shyamalan trabalha com efetividade os recursos clássicos da gramática do cinema. Por exemplo, depois que Malcolm desvenda que seu ex-paciente tinha o mesmo problema que Cole, eles se encontram na igreja e o menino está no piso de cima, numa posição superior ao do psicólogo, que agora acredita no que ele disse antes.

O Sexto Sentido possui uma atmosfera própria que absorve o espectador, não importa quantas vezes o veja. É a obra-prima de M. Night Shyamalan, que ainda viria a realizar ótimos filmes, mas numa carreira errática.

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Ficha técnica de “O Sexto Sentido”:

O Sexto Sentido | The Sixth Sense | 1999 | 107 min | EUA | Direção: M. Night Shyamalan | Roteiro: M. Night Shyamalan | Elenco: Bruce Willis, Haley Joel Osment, Toni Collette, Olivia Williams, Trevor Morgan, Donnie Wahlberg, Mischa Barton.

Distribuição: Buena Vista Pictures.

Onde assistir:
Menino assustado na cama com a coberta meio puxada
Cena do filme "O Sexto Sentido"
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