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Ophelia (filme)
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Ofélia

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Daisy Ridley é a protagonista de Ofélia (Ofélia), adaptação para o cinema do livro de Lisa Klein que conta a história de Hamlet de William Shakespeare sob o ponto de vista de sua amada.

Na verdade, é um importante marco na carreira da atriz Daisy Ridley, como parte de uma provável estratégia para não ficar estigmatizada como a Rey de Star Wars. Ela visa, assim, evitar repetir a trajetória de Carrie Fisher e Mark Hamill. A saga acabou por deixar esses jovens atores da saga marcados pelos seus protagonismos na franquia, o que prejudicou suas carreiras.

Ofélia, primeiro ato

Ofélia começa com um momento dramático que o filme revisita mais adiante. A narração de Daisy Ridley anuncia que a estória da personagem será finalmente contada. E o filme parte de sua infância, quando a rainha Gertrude acolhe Ophelia, órfã de mãe, para ser uma das suas aias. Porém, ela sofre bullying das outras colegas, por sua origem humilde, que transparece na sua falta de fineza.

Por outro lado, Ophelia se destaca por saber ler, raridade entre mulheres da Idade Média. E isso a tornou a preferida da rainha, posição que lhe permitiu conhecer o plano de Claudius para tomar o trono do rei, seu irmão, com a conivência de Gertrudes. Hamlet surge na estória mais tarde, ao retornar de sua viagem de aprendizado. Ophelia e Hamlet se apaixonam, mas o rapaz sempre coloca o amor em posição subsidiária. Quando descobre que seu pai foi assassinado, a vingança se torna sua maior prioridade. Ophelia, por isso, sofre.

Afastamento da teatralidade

O filme Ofélia não utiliza o inglês arcaico da época de Shakespeare, nem tenta seguir a estrutura dos textos do bardo. Dessa forma, isso resulta no afastamento da teatralidade e na facilidade de compreensão para o espectador. Mesmo assim, alguns trechos de diálogos conseguem espelhar a sagacidade da obra original. Por exemplo, quando joga com contradições na rápida troca de falas entre o pai e o irmão de Ophelia, antes do jovem partir em viagem.

Porém, as atuações prejudicam um pouco o filme. Daisy Ridley não chega a comprometer, mas está longe de ser brilhante. Ou seja, sem alcançar a sensibilidade que o papel exige. Contudo, fraca mesmo é a interpretação de George MacKay como Hamlet, incapaz de demonstrar a paixão que sente por Ophelia. Por isso, a cena de amor em que o casal se beija pela primeira vez não convence. De fato, parece que surgiu rápido demais e o sentimento não foi construído com o devido aprofundamento.

Nesse quesito, salvam-se as interpretações de Naomi Watts, no papel duplo como a rainha Gertrudes e sua irmã, e, principalmente, de Clive Owen, como o ardiloso Claudius. Aliás, Owen rouba a cena num filme pensado para que a personagem Ophelia estivesse acima de todos.

Enfim, Ofélia não deixa de ser um interessante filme para que fãs de Daisy Ridley, e de Star Wars, analisarem a atriz, com cabelos longos ruivos, em um papel onde a verborragia é primordial.

 

Onde assistir:
Ophelia (filme)
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