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Orca A Baleia Assassina (filme)
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Orca – A Baleia Assassina

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Dino De Laurentiis produziu Orca – A Baleia Assassina depois do sucesso de Tubarão (1975), o blockbuster de Steven Spielberg, e também do êxito de seu próprio King Kong (1976), que também gira em torno de um animal ameaçador. E conseguiu realizar um bom filme de aventura.

No filme, há muitas imagens das orcas nadando pelo mar, em grupo, a fim de sensibilizar o espectador em relação à sua natureza pacífica.  Além disso, em uma das primeiras sequências de ação, a Orca do título salva um pesquisador de um ataque de tubarão.

Para reforçar a ideia da boa fé desse mamífero das águas, a cientista Rachel Bedford (Charlotte Rampling) ensina seus alunos sobre as características dessa espécie. Logo, ela se tornará a narradora desta estória contada no filme.

Quando o pescador Nolan (Richard Harris) decide caçar uma orca, indo contra os conselhos de Rachel, o pior acontece. Ele fere uma orca macho e mata sua companheira, que estava grávida. Por isso, o macho caçará Nolan até conseguir sua vingança. Astuta, a orca afugenta os peixes e provoca um incêndio na vila, provocando a ira dos pescadores contra Nolan, o que o força a encarar a baleia.

Direção

De Laurentiis contratou o inglês Michael Anderson, de A Volta Ao Mundo Em 80 Dias (1956), para dirigir o filme. Com competência, Anderson fez uso de algumas belas soluções visuais para a narrativa. Por exemplo, para identificarmos a orca vingadora, um close mostra um arpão lançado por Nolan que rasga sua barbatana, dando-lhe uma marca facilmente reconhecível. Depois, o sentimento de vingança é evidenciado quando a imagem de Nolan aparece refletida no olho da orca. Dessa forma, temos certeza de que o animal registrou a figura do pescador em sua memória.

Por outro lado, talvez por sugestão de De Laurentiis, Anderson utiliza o movimento de zoom da câmera para destacar a ameaça da baleia, um recurso comum nos spaghetti westerns. Mas, o filme contám algumas cenas inesquecíveis. Por exemplo, a morte do feto da baleia é assustadora, e a vila em fogo com a baleia em primeiro plano compõe um belo quadro. Ademais, quando a orca ataca a personagem de Bo Derek, destruindo a casa de madeira construída sobre o mar, não tem como o espectador não se envolver com a trama, principalmente com a trilha a sonora de Ennio Morricone.

Roteiro

A estória consegue construir melhor o vilão do que “Tubarão”. No filme de Spielberg, há um tubarão atacando uma cidade praiana sem motivo aparente, além de saciar a própria fome. Porém, em Orca – A Baleia Assassina, a motivação é a vingança pelo cruel assassinato da família da baleia, o que cria uma justificativa muito mais forte, semelhante à já usada pelo escritor Herman Melville, em Moby Dick.

Contudo, o roteiro apresenta falhas. Os personagens coadjuvantes são mal construídos e o espectador não se importa com eles. Ademais, a parte final é muito longa e cansativa, além de não explicar o motivo de a orca arrastar Nolan até as geleiras do polo norte.

Mesmo assim, o filme diverte, e é uma das boas imitações inspiradas em Tubarão.

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Ficha técnica:

Orca – A Baleia Assassina (Orca, 1977) EUA/Holanda/Itália, 92 min. Dir: Michael Anderson. Rot: Luciano Vincenzoni, Sergio Donati. Elenco: Richard Harris, Charlotte Rampling, Will Sampson, Bo Derek, Keenan Wynn, Robert Carradine, Scott Walker, Peter Hooten, Wayne Heffley, Vicent Gentile, Don ‘Red’ Barry.

Assista: Bo Derek no David Letterman em 1985

Onde assistir:
Orca A Baleia Assassina (filme)
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