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Pânico VI (filme)
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Pânico VI

Avaliação:
7.5/10

7.5/10

Crítica | Ficha técnica

Pânico VI (Scream VI) quer revigorar a franquia. E precisa, principalmente porque tem a intenção de se desvencilhar dos personagens do filme original, lançado em 1996. Desses, retorna apenas Gale Weathers (Courteney Cox), que tem aqui um destino surpresa. Mas, sem dúvidas, a ausência da personagem principal Sidney (Neve Campbell) representa uma lacuna enorme, que obriga o roteiro a se reiventar. Para compensar, traz Kirby Reed (Hayden Panettiere), de Pânico 4 (Scream 4, 2011), como uma agente do FBI.

Mas as protagonistas dessa vez são as novas final girls do longa anterior, as irmãs Sam (Melissa Barrera) e Tara Carpenter (Jenna Ortega). Aliás, para sorte dos produtores Ortega hoje está em evidência, por causa do sucesso da série Wandinha, o que deve ter ajudado a atrair mais público para o cinema. E, junto com Sam e Tara, voltam também os sobreviventes coadjuvantes. Todos estão em Nova York e os mais novos da turma entraram na universidade.

A trama se mantém na tradição da franquia, colocando no seu centro um whodunit, apesar de a esperta abertura ludibriar o público em relação a isso. Nesse prólogo, aliás, uma das novas musas do terror, Samara Weaving, faz uma participação equivalente à de Drew Barrymore no primeiro filme. No enredo, mantendo-se fiel aos filmes anteriores, Pânico VI trata abertamente a metalinguagem, e continua a dar importância ao filme dentro do filme chamado “Stab”. Esse aspecto não é apenas decorativo, pelo contrário, possui importância essencial na história, pois a parte final acontece dentro de um cinema abandonado que foi transformado em um museu particular sobre esse filme fictício e os crimes verdadeiros que o inspiraram.

Mais terror, menos comédia

Outra marca registrada da franquia são as referências a outros filmes do gênero. Elas continuam presentes, para deleite dos fãs de slasher, porém sem interferir nas cenas de ação. Portanto, bem diferente do seu predecessor Pânico (2022), cujo clímax final se desenrolava em cima de clichês desse tipo de filme. Era uma mistura de comédia com terror, o que não se repete em Pânico VI. Desta vez, as piadas são raras, e o terror toma conta da tela. Há muita violência e até cenas de gore. Entre esses trechos, destacamos a faca enfiada na boca da vítima e ainda retorcida com sadismo. Aliás, o filme acaba contrariando o comentário que eu fiz sobre o uso de armas de fogo por um vilão de slasher, na crítica de Terrifier (2016), pois aqui o Ghostface pega um rifle quando ataca numa loja de conveniências. Mas a melhor cena é aquela que o trailer do filme (não à toa) enfatiza. E traz os personagens principais em um metrô lotado de gente fantasiada porque é noite de Halloween. Então, entre as várias pessoas vestidas de Ghostface, será que está o verdadeiro assassino?

Enfim, Pânico VI é disparado o filme mais violento da franquia. Somente este e Pânico 3 (Scream 3, 2000) tiveram censura 18 anos. É esse o caminho que a dupla de diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett – a mesma de Pânico (2020) e também de Casamento Sangrento (Ready or Not, 2019), que contava com Samara Weaving como protagonista – e os produtores querem seguir. Ou seja, violência, mistério e reviravoltas aguardam as final girls Sam e Tara nos próximos filmes.

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Ficha técnica:

Pânico VI | Scream VI | 2023 | 123 min | EUA | Direção: Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett | Roteiro: James Vanderbilt, Guy Busick | Elenco: Melissa Barrera, Courteney Cox, Jenna Ortega, Jasmin Savoy Brown, Mason Gooding, Hayden Panettiere, Dermot Mulroney, Samara Weaving.

Distribuição: Paramount Pictures.

Trailer:
Pânico VI
Onde assistir:
Pânico VI (filme)
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