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Poster do filme "Planeta dos Macacos: O Reinado"
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Planeta dos Macacos: O Reinado

Avaliação:
8/10

8/10

Crítica | Ficha técnica

Planeta dos Macacos: O Reinado dá uma sobrevida à última trilogia da franquia, encerrada em baixa com o mais fraco desses filmes, Planeta dos Macacos: A Guerra (2017), dirigido por Matt Reeves. Não é uma sequência imediata da história. O novo longa se passa várias gerações após a morte do líder Caesar. Tal distanciamento no tempo permite que o roteirista Josh Friedman tenha a liberdade de trazer elementos do clássico O Planeta dos Macacos (1968), de Franklin J. Schaffner, como veremos.

O filme começa com uma abertura eletrizante que mostra o protagonista Noa (Owen Teague) e seus dois amigos se arriscando para pegar ovos de águia em altos picos de montanhas. Eles são membros de uma comunidade bucólica e pacífica, mas os soldados de Proximus Caesar (Kevin Durand) atacam a aldeia e sequestram os sobreviventes. Nesta trama, os gorilas, como Proximus, assumem novamente o papel de vilões incontestáveis, enquanto os humanos são ambíguos.

Na verdade, nos referimos aos poucos humanos que ainda pensam e falam, pois a raça humana voltou ao estado primitivo por causa de um vírus. Por isso, um bando vestindo roupas pré-históricas se torna vítima da caça dos soldados de Proximus, como aconteceu no filme de Schaffner. Mas, no meio dessas pessoas, está Mae (Freya Allan, de Baghead), que guiará Noa e um velho orangotango chamado Raka (Peter Macon) até o local onde o vilão tenta construir seu império. Esse lugar, à beira do mar, com edifícios em ruína em terra e destroços de transatlânticos imensos na água, também remete ao final do clássico de 1968. Mas, no lugar da Estátua da Liberdade de Nova York, aqui vemos de relance o marco do aeroporto de Los Angeles.

Feitos para as telas

Repleto de ação, com efeitos especiais e visuais irretocáveis, Planeta dos Macacos: O Reinado é outro bom exemplar desta franquia, que rende muito no cinema. Mesmo as continuações dos anos 1970 merecem uma conferida. O tempo está ao lado dessa franquia, pois os avanços tecnológicos na indústria do cinema contribuem para uma produção cada vez melhor. Agora, a criação dos macacos não depende apenas de maquiagem, alcançando maior realismo ainda com a computação gráfica.

E, pelo jeito que termina essa nova produção, mais filmes darão continuidade à saga. A trama deste filme que entrou em cartaz na última quinta-feira poderia terminar com uma mensagem otimista de que Mae conseguiu impedir um novo imperialismo baseado em armas poderosas, e o caminho futuro será das tribos conectadas à natureza, como a de Noa. Contudo, o epílogo afasta essa ideia, e prevê uma nova guerra entre homens e símios. Em sintonia com o atual estado mundial, a convivência pacífica entre essas espécies parece apenas um sonho.

Esta é a estreia do diretor Wes Ball na franquia, mas não no gênero da ação e fantasia/ficção-científica. Ball dirigiu a trilogia de sucesso Maze Runner. Desta vez, com um material mais denso em mãos, comprova ser um nome forte para essas superproduções. Enfim, com ou sem Wes Ball, mantendo esse alto nível, a franquia Planeta dos Macacos só tem a ganhar com novas sequências.  

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Ficha técnica:

Planeta dos Macacos: O Reinado | Kingdom of the Planet of the Apes | 2024 | 145 min | EUA | Direção: Wes Ball | Roteiro: Josh Friedman | Elenco: Freya Allan, Kevin Durand, Dichen Lachman, William H. Macy, Owen Teague, Lydia Peckham, Peter Makon, Sara Wiseman.

Distribuição: 20th Century Studios.

Trailer:

Trailer de “Planeta dos Macacos: O Reinado”
Onde assistir:
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