O filme Lista de Desejos para Superagüi levou o prêmio de melhor longa na Mostra Aurora da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O Júri Oficial, cheia de críticos e profissionais do audiovisual, escolheu o filme do Pedro Giongo pela mistura de linguagem refinada, trilha sonora de primeira. Ademais, é uma conexão direta com a realidade dos pescadores do litoral do Paraná.
Na hora do agradecimento, o Pedro Giongo mandou um salve pros personagens generosos que toparam participar do projeto e serem filmados na vida deles. Valeu também ao júri e à plateia por darem uma moral para o trabalho, disse, então, o cineasta emocionado.
Outro destaque foi Aquele que Viu o Abismo (SP), que ganhou o Troféu Carlos Reichenbach do Júri Jovem na Mostra Olhos Livres. Os estudantes curtiram a vibe do filme que mistura texturas malucas e sons de um mundo ainda não decifrado.
A diretora Kerexu Martim, do curta Aguyjevete Araxi’I (SP), levou o Prêmio Helena Ignez 2023 por dar um rolê na juventude do momento presente que pensa e constrói o futuro.
Teve até menção honrosa para Maçãs no Escuro (SP) por recusar se encaixar na sociedade normatizada, segundo o Júri Oficial. E na Mostra Foco, o curta Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho (RJ), de Allan Ribeiro, ganhou a parada pela criatividade íntima e pessoal, fugindo da formatação padrão.
Pela primeira vez, a Mostra de Tiradentes teve um júri da Abraccine, que escolheu Estranho Caminho (CE) como o melhor da Mostra Autorias. O filme do Guto Parente mandou bem na experimentação de subgêneros e estéticas. Mostrou a realidade contemporânea e a busca pelo afeto e reconstrução dos laços familiares diante do terror social.
No Conexão Brasil CineMundi, o filme Ausente (MG) levou os prêmios CTAV e The End por captar o universal nos detalhes e criar uma narrativa unificada. Novembro (PE) ganhou o prêmio 02 Pós por incorporar imagens poéticas e conectar emocionalmente os espectadores.
Além disso, ainda teve o prêmio Málaga WIP para Suçuarana (MG), de Clarissa Campolina e Sérgio Borges. O filme propõe um percurso do individual ao coletivo, mostrando a necessidade humana de viver em comunidade.
Por fim, no Júri Popular, As Primeiras (SP), de Adriana Yañez, foi o melhor longa. Já e o curta que teve mais votos foi Soneca e Jupa (MG), de Rodrigo R. Meireles.
Assim, definiu-se os premiados na 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes.
(Foto: Leo Lara/divulgação)