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Questão de Vida (filme)
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Questão de Vida

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

Questão de Vida apresenta nove pequenas estórias protagonizadas por mulheres, com alguns personagens entrelaçados.

Apesar de este ser apenas o terceiro longa do diretor e roteirista do filme, Rodrigo García, ele contou com um elenco estelar. Por exemplo, Glenn Close, Robin Wright, Holly Hunter, Sissy Spacek, etc., só para citar o elenco feminino. Talvez tenha pesado o fato de ele ser o filho do escritor colombiano Gabriel García Márquez. Mas, provavelmente, o que lhe abriu as portas foi o apoio do diretor Alejandro G. Iñárritu, produtor executivo de Questão de Vida. O resultado deu certo, e Rodrigo García viria a dirigir vários filmes, entre eles, Destinos Ligados (2009) e Albert Nobbs (2011).

Segmentos variados

Em Questão de Vida, os cenários dos segmentos são variados. Vão de um presídio até um apartamento luxuoso, passando por um supermercado, um hospital, além de um velório e um cemitério. Porém, os temas se concentram em sentimentos e relacionamentos. Essencialmente, o filme evidencia que todos estão interligados, apesar de que aqui esse cruzamento é apenas circunstancial. Em outras palavras, o protagonista de uma estória não altera o curso do protagonista de outro.

E, enquanto alguns capítulos são excepcionais, outros não agradam tanto. Por exemplo, o último segmento é uma obra-prima. Ele traz Glenn Close e a ainda criança Dakota Fanning visitando um túmulo no cemitério, com uma terna surpresa ao final. Junto com a belíssima estória, a direção é talentosa, filmando tudo num plano sequência que se encaixa nessa narrativa.

Quando aos diálogos, merece destaque o segundo segmento, intitulado “Diana”. Nele, Robin Wright, grávida, encontra um ex-namorado no supermercado. E as falas dos personagens, escritas com inteligência e interpretadas com naturalidade, nos levam pelos conflitos emocionais da protagonista. Apesar de ela tentar se manter racional, seus sentimentos são fortes demais.

Atores

Aliás, as atuações impactam tremendamente nesse gênero dramático. Nesse sentido, os dois segmentos mais fracos são aqueles que contam com a atriz LisaGay Hamilton. Em “Holly”, a responsabilidade recai sobre ela mesma, que interpreta a protagonista. Sua personagem retorna para a casa dos pais para resolver de uma vez os conflitos com o pai. Mas, a atriz exagera na atuação e essa estória acaba sendo difícil de assistir. Tal como em “Camille”, que também conta com LisaGay Hamilton. Mas, aqui, ela é só a coadjuvante, e quem peca na atuação é Kathy Baker. Ela está no papel de uma mulher no hospital, prestes a se submeter a uma cirurgia para extrair seus seios. Kathy Baker não convence em demonstrar seu nervosismo, e se torna apenas irritante.

Assim, Questão de Vida joga com várias situações emocionais, em geral, com estórias muito bem escritas e interpretadas. E o filme deixa uma impressão muito marcante, pois o último segmento é simplesmente excepcional.


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