Ritual Maldito (filme)
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Ritual Maldito

Avaliação:
2/10

2/10

Crítica | Ficha técnica

O terror russo Ritual Maldito parece tão perdido quanto seus personagens que descem os subterrâneos de São Petersburgo.

A trama

Nora, uma estudante universitária de História, quer seguir as pistas que seu avô deixou e investigar a lenda da pedra mágica Atakan. Por isso, acompanhada de seu jovem professor e mais quatro colegas, ela desce às catacumbas de São Petersburgo. Mas, conforme avançam por esse caminho, os membros do grupo se comportam de forma cada vez mais estranha.

Found footage?

A princípio, Ritual Maldito parece se tratar de um exemplar do subgênero found footage. Ou seja, aqueles filmes que contam sua história através de vídeos gravados pelos próprios personagens. Esse formato ganhou notoriedade com o sucesso de A Bruxa de Blair (1999), e continuou a gerar novos longas de terror, como Atividade Paranormal (2007) e Cloverfield: Monstro (2008).

Temos essa impressão desde o início, porque um dos personagens tem mania de registrar tudo que acontece ao seu redor com sua câmera. E, ainda, o prólogo do filme, que é um flashforward do que acontecerá na história, se parece com um trecho de vídeo encontrado. Além disso, em certo momento, vemos um rapaz do grupo de pé, em transe, virado para a parede, tal qual em A Bruxa de Blair.

Outro rumo

Contudo, aparentemente a diretora e roteirista Aleksandra Radushinskaya desistiu do found footage. Ou, talvez, ela nem tenha considerado essa intenção. De qualquer forma, Ritual Maldito não se sustenta como exemplar desse gênero, pois não conta sua história exclusivamente através de material encontrado. Na verdade, não há uma distinção evidente do que faz parte da câmera diegética (produzida dentro da cena) e da não-diegética. Para definir a diferença, a diretora recorre ao grafismo “REC” no canto superior da tela. O visual, esfumaçado e escuro, é o mesmo nas duas situações.

Found footage ou não, Ritual Maldito não funciona como filme de terror. A utilização do citado visual escuro não produz um clima sombrio, apenas dificulta a compreensão da sua narrativa. É difícil entender a geografia da construção subterrânea, e até distinguir os personagens.

A utilização de jump scares falha e não provoca os sustos esperados. Além disso, a tentativa de horrorizar com o gore é tímida demais, restrita a uma cena em que se tira pus do próprio ferimento, e outra em que um rapaz espanca o outro.

Enfim, é evidente que Ritual Maldito contou com um orçamento muito baixo. E, a diretora, que no IMDb só tem esse trabalho em seus créditos, não conseguiu transpor esse obstáculo.

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Ficha técnica:

Ritual Maldito (Atakan) 2020, Rússia, 80 min. Direção e roteiro: Aleksandra Radushinskaya. Elenco: Ksenia Plyusnina, Vladimir Kuznetsov, Polina Strogaya, Vladislav Altayskiy, Dennis Lukichev, Anna Serpeneva, Maksim Popov, Gleb Sergeev. Título internacional: The Bloody Legend.

Distribuição: A2 Filmes.

Assista ao trailer aqui.

Onde assistir:
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