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Rock em Cabul (filme)
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Rock em Cabul

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

O experiente diretor Barry Levinson conta em sua filmografia com clássicos que fazem pensar sobre a vida. Por exemplo, “Rain Man” (1988) e “Bom Dia, Vietnã” (1987). “Rock em Cabul” também poderia estar nesta lista, mas frustra essa expectativa.

Richie Lanz (Bill Murray), um empresário musical em fim de carreira, resolve levar sua cliente principal Ronnie (Zooey Deschanel) para um tour pelo Afeganistão. Chegando lá, diante do ambiente em constante confronto armado, Ronnie desiste e foge, voltando para os Estados Unidos, com a ajuda do mercenário local Bombay Brian (Bruce Willis).

Desolado, Richie começa a andar com uns traficantes de armas, e acaba conhecendo a prostituta Merci (Kate Hudson), que será seu único apoio confiável por lá. Eventualmente, em uma expedição para venda de armamento, Richie descobre numa garota cantora um talento deslumbrante. Então, resolve inscrevê-la em um concurso na TV, o Afghan Star, mas há um enorme empecilho. Segundo a tradição do país, uma mulher não pode cantar em público, isso seria uma heresia. E o pior é que Salima (Leem Lubany), a prodígio, é filha de um líder de um grupo combatente.

Mesmo assim, Richie convence Salima a participar do concurso. Como resultado, irrompe uma controvérsia nacional, que descamba para uma luta armada iniciada por um inimigo do pai da menina. O filme conclui com um número musical com mensagem de paz, e uma dedicatória à cantora real que inspirou a estória.

Ritmo lento

O desenrolar da trama caminha a passos lentos, principalmente até chegar ao momento crucial do encontro de Richie com Salima, que põe a narrativa propriamente em marcha. E, por outro lado, sublima a resolução do conflito armado entre os grupos rivais. Desta forma, omite o que teria acontecido com as dezenas de pessoas que lutaram no combate. Assim, essa conclusão deixa um vazio incômodo no espectador.

Nem mesmo Bill Murray se salva no filme. Seu jeito sem expressão de se fazer comédia já é conhecido, e até valorizado. Mas aqui, como se trata mais de drama do que de comédia, falta-lhe intensidade, parecendo que ele está ausente do que se passa ao redor. Deu muito certo em “Encontros e Desencontros” (Lost In Translation, 2003), mas não aqui. E olha que o papel de empresário musical decadente serve perfeitamente na sua persona.

Enfim, o que se salva mesmo são as músicas escolhidas para o filme, selecionadas a dedo e com muito bom gosto. Pena que o título nacional tenha tirado uma referência simpática à canção do The Clash, presente no título original “Rock The Kasbah”, na tentativa de buscar a perfeição geográfica. Apesar de essa música não estar presente no filme, sua menção daria o tom perfeito desse longa metragem. Sugerimos, assim, indicar a compra da trilha sonora do que a assistir ao filme. Só não dá para entender por que o título nacional não é o original em inglês. Talvez o responsável não conheça o The Clash, pois com certeza “Rock The Kasbah” tem muito mais apelo comercial que “Rock em Cabul”.


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