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Sanguessugas - Uma Comédia Marxista Sobre Vampiros
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Sanguessugas – Uma Comédia Marxista Sobre Vampiros

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Em seu quarto filme, Sanguessugas – Uma Comédia Marxista Sobre Vampiros, o diretor alemão Julian Radlmaier se inspira na seguinte frase de Karl Marx: “Capital é trabalho morto, que, como um vampiro, só vive sugando trabalho vivo, e vive mais, quanto mais trabalho ele suga.”. Tal afirmação, contida no Vol.1, Livro 10, de “O Capital”, leva Radlmaier a criar uma história com pessoas ricas que são, literalmente, vampiros.

Sua história se passa em 1928, quando Ljowushka (Aleksandre Koberidze) finge ser um barão foragido da União Soviética após perder seus bens na revolução. Quando a aristocrata Octavia (Lilith Stangenber) o acolhe, auxiliada por seu empregado Jakob (Alexander Herbst), logo ela descobre que ele é um impostor. Na verdade, Ljowushka é um ator desempregado, cuja interpretação como Trotsky no filme Outubro de Sergei Eisenstein foi retirada da versão final. Aliás, estes momentos metalinguísticos são os mais interessantes para o espectador cinéfilo nesse longa.

Por outro lado, Octavia também tem um segredo, pois ela é uma vampira, assim como outros de sua classe social. Mas, ao contrário dos típicos filmes sobre essas criaturas, Sanguessugas – Uma Comédia Marxista Sobre Vampiros é um filme solar, com várias cenas que acontecem em praias. Aliás, nenhuma das tradicionais ameaças faz mal algum a esses vampiros, especialmente o sol. Afinal de contas, o tom de comédia impera, apesar de não pretender arrancar gargalhadas, mas divertir com metáforas inteligentes. De fato, o despojamento é tanto que, mesmo sendo um filme de época, mostra lata de Coca-Cola, motocicleta, carro, tênis e outros artefatos modernos.

Enfim, nem sempre funciona, mas é uma obra que transpira frescor.


Sanguessugas - Uma Comédia Marxista Sobre Vampiros
Sanguessugas - Uma Comédia Marxista Sobre Vampiros
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