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Silverado (filme)
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Silverado

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Silverado é o primeiro faroeste do diretor Lawrence Kasdan; depois, ele faria o épico Wyatt Earp (1994), com mais de três horas de duração. Embora seja apenas seu terceiro longa-metragem, Kasdan já possuía boa reputação na época de suas filmagens. Seus dois filmes anteriores, Corpos Ardentes (Body Heat, 1981) e O Reencontro (The Big Chill, 1983), receberam recepção entusiasmada. E o cineasta estadunidense não decepcionou nessa nova empreitada.

O elenco é excepcional, e o tempo confirmou que os jovens talentos em início de carreira realmente tinham ainda muita lenha para queimar. O destaque entre eles fica para Kevin Costner, num papel contra a figura de cidadão correto que marcaria a maioria de seus trabalhos futuramente. Aqui, Costner interpreta Jake, um pistoleiro imaturo e inconsequente que, logo, precisa que seu irmão Emmett (Scott Glenn) o salve da forca. Na prisão, estava também Paden (Kevin Kline), outro pistoleiro, mas um pouco mais velho e que quer mudar de vida. Na fuga dos três, entra Mal (Danny Glover) para ajudá-los, completando, assim, o grupo de heróis da trama.

Rumo a Silverado

Todos partem para Silverado, cidade perto das terras das famílias de Emmett e Paden e de Mal. E o destino da pioneira em trânsito Hannah (Rosanna Arquette), por quem Paden se interessa. Porém, lá precisam enfrentar um xerife abusivo (Cobb, interpretado por Brian Dennehy), ex-companheiro de Paden e dono do saloon local; e um latifundiário que quer expandir seu território à força (McKendrick, papel de Ray Baker). Como se pode ver, o enredo segue as clássicas histórias do faroeste, e Lawrence Kasdan não tem intenção de inovar no gênero. O mais importante, parece, é trazer o esquecido western de volta para os cinemas.

Mas, mesmo sem inovar, a direção do filme é primorosa. Kasdan capricha nos enquadramentos e ainda escolhe locações belíssimas que não vimos antes em outros faroestes. Por exemplo, as rochas gigantes com cavernas embaixo, onde Mal se refugia. E Kasdan filma cenas de ação elaboradas, como a emboscada de Emmett que abre o filme e o momento em que Jake atira em dois inimigos ao mesmo tempo numa esquina. Porém, o estilo clássico impera, e por isso o filme encerras os embates com um típico duelo de rua.

Um belo faroeste, afinal

Contudo, Silverado perde um pouco seu interesse quando as coisas começam a dar errado para os mocinhos. Cabe a Paden definir o destino de todos, escolhendo qual caminho pretende seguir: trabalhar para Cobb ou enfrentá-lo e arriscar a vida de uma inocente. A redução do ritmo renderia tensão se os personagens tivessem um arco narrativo mais contundente. Porém, nenhum deles se modifica radicalmente na trama; nem mesmo Paden, pois o que o segurava era colocar em perigo Stella (Linda Hunt), e não um dilema interno.

Hoje, revendo o filme, a trilha musical de Bruce Broughton, indicada ao Oscar, incomoda. Soa pomposa demais, trazendo um tom aventuresco mais adequado para filmes de ação como Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark, 1981), cuja trilha composta por John Williams provavelmente serviu como influência.

Enfim, esses aspectos não impedem que Silverado seja uma bem-vinda revisita ao faroeste numa época em que o gênero parecia morto. E, ainda hoje, um belo filme.


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