Morreu na tarde de ontem (25/6) a cineasta Suzana Amaral.
Suzana Amaral estreou na direção de longas-metragens com o filme A Hora da Estrela, de 1985, que rompeu barreiras para as mulheres no cinema ao receber três prêmios no Festival de Berlim: o CICAE Award (para filmes de arte de jovens diretores e países fora do grande circuito), o OCIC Award (prêmio da Organização Católica Internacional do Cinema) e o de melhor atriz para Marcelia Cartaxo. O filme foi também o maior premiado do Festival de Brasília, vencedor do Grand Coral no Festival de Havana e do prêmio de melhor filme da crítica no Festival do SESC.
A Hora da Estrela lançou a carreira da atriz, cujo filme Pacarrete (2019) tem pré-estreia online no Espaço Itaú de Cinemas entre 25 e 27 de junho.
Apesar do sucesso de sua estreia, Suzana Amaral dirigiria apenas mais dois filmes para o cinema.
Uma Vida em Segredo, de 2001, também recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, e desta vez lançou a atriz Sabrina Greve.
Seu último filme foi Hotel Atlântico, lançado em 2009, premiado como melhor filme no Festival Latino Americano de Lima.
Paulista, Suzana Amaral se graduou em cinema pela Escola de Comunicação Social e Artes da USP, em 1971, onde foi professora. Realizou o mestrado em direção de cinema na Tisch School of the Arts da New York University (NYU). Trabalhou durante 18 anos como produtora e diretora de programas e especiais na TV Cultura, até 1987.
Ela morreu em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês, de causas não divulgadas. Segundo algumas fontes, ela nasceu em 1932, mas Suzana Amaral era reservada quanto à sua idade.
Assista à entrevista de Suzana Amaral para o Projeto Memórias do Cinema do MIS:
https://youtu.be/YE2MLqmjRpc