Pesquisar
Close this search box.
Tetro (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Tetro

Avaliação:
7/10

7/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

Sim, Francis Ford Coppola está vivo, artística e literalmente. Dirigiu Velha Juventude em 2007, Tetro em 2009 e Virginia em 2011. O segundo filme desta lista foi filmado em Buenos Aires, e com produção marcada por alguns contratempos que o diretor norte-americano enfrentou.

Coppola ama a capital argentina, onde é proprietário do Hotel Jardim Escondido. Mas, em 2007, ladrões roubaram o hotel e levaram, além de outras coisas, o roteiro de Tetro. Foi necessário reescrevê-lo para então, finalmente, filmá-lo.

Em Tetro, Bennie (Alden Ehrenreich) viaja dos Estados Unidos para a Argentina para encontrar seu meio-irmão mais velho Angelo (Vincent Gallo), a quem idolatra. Ao encontrá-lo, se desilude com a frieza com que Angelo o trata. Aos poucos, o filme desvenda os motivos do distanciamento de Angelo em relação à sua família. E, principalmente, o ódio que existe entre ele e seu pai (Klaus Maria Brandauer). Esse épico familiar guarda uma surpresa até o seu final.

A direção

Acima de tudo, Coppola capricha na fotografia em preto e branco, elevando o tom intimista do roteiro. Nesse sentido, retrata o inverso do que acontece com algumas pessoas em relação aos seus sonhos. Ou seja, as cenas coloridas são exclusivas das memórias do passado, remoídas pelo personagem Angelo.

Em alguns momentos, Tetro lembra os filmes de Federico Fellini. Em especial, por apresentar as figuras da noite, como o transexual, a dançarina ousada e a folclórica crítica Alone (vivida pela “almodovariana” Carmen Maura).

Por fim, o filme traz também Maribel Verdú, a atriz espanhola de E Sua Mãe Também, que interpreta Miranda, a namorada de Angelo que acaba se tornando o elo que sempre tenta unir os dois irmãos. Aliás, é com ela que o espectador se simpatizará para mergulhar no universo denso de Tetro.

Segundo o editor-chefe da Cahiers du Cinéma Stéphane Delorme, Tetro marca o retorno às histórias familiares que asseguraram a grandeza da trilogia O Poderoso Chefão e de O Selvagem da Motocicleta (1983).” Além disso, completa: “O grande sucesso de Tetro repousa na forma que ele compartilha os temas característicos do diretor, ao mesmo tempo que toma um formato irregular, imprevisível.” Afinal, o filme começa como um teatro de câmera, depois descamba em trechos explosivos de violência, flashbacks, sonhos e música. Além de tudo, filmado em preto e branco. (do livro “Francis Ford Coppola”, coleção Master of Cinema, da Cahiers du Cinema, 2010).


Tetro (filme)
Tetro (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo