Poster de "The Electric State"
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The Electric State

Avaliação:
5/10

5/10

Crítica | Ficha técnica

Baseado na graphic novel de Simon Stålenhag, o filme The Electric State chama a atenção por seu orçamento de USD 320.000.000, que surpreende ainda mais por se tratar de uma produção da Netflix.

Quem assiste ao filme identifica rapidamente para onde foi tanto dinheiro. A trama envolve uma guerra entre robôs e humanos, tema recorrente no cinema. Começa com a vitória dos robôs domésticos e industriais que se revoltam contra as suas condições. Mas, depois esses rebeldes são derrotados por um exército de soldados robôs criados por Ethan Skate (Stanley Tucci) e que são uma extensão de cada humano por conta de uma tecnologia que permite o controle mental deles à distância. As pessoas, inclusive, podem controlar até dois robôs – um para o lazer e o outro para o trabalho.

Assim, o orçamento acabou na criação de uma enorme variedade de robôs rebeldes, cada um com características próprias conforme a finalidade para a qual foram criados. No confronto final, dezenas deles confrontam um batalhão de robôs soldados, enchendo a tela com várias lutas simultâneas que remetem ao clímax de Vingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War, 2018), igualmente dirigido pela dupla Anthony Russo e Joe Russo.

Trama e personagens insossos

Contudo, o enredo nunca empolga. Acompanha a jovem Michelle (Millie Bobby Brown), chamada por um raro robô doméstico que é a extensão de seu irmão desaparecido Christopher (Woody Norman). Ela precisa resgatá-lo das mãos de Ethan Skate, que usa a mente brilhante do menino como a base de todo o sistema que criou. Nessa jornada, ela ganha a improvável ajuda do rebelde Keats (Chris Pratt) – mais uma cópia de Han Solo – e seu poderoso amigo robô Herman.

Esses personagens, porém, não conseguem conquistar a empatia do público. Michelle não tem nada de especial e Keats encarna o engraçadinho bom de briga. E os robôs do bem, então, com seus rostos de parques de diversão, acentuam o tom infanto-juvenil desse filme. Os eventos transcorrem em andamento lento, sem surpresas. No encerramento, Michelle faz um discurso sobre uma preocupação muito presente na atualidade para esse público mais jovem, para que voltem a valorizar o contato humano e deixem o virtual em segundo plano. Não tem muito a ver com a história em si (apenas uma diferenciação entre os robôs bons autônomos e os robôs maus conectados às pessoas), mas é o que The Electric State traz de melhor. De resto, parece cópia requentada de uma mistureba de filmes.

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Ficha técnica:

The Electric State | 2025 | 125 min. | EUA | Direção: Anthony Russo, Joe Russo | Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely | Elenco: Chris Pratt, Millie Bobby Brown, Ke Huy Quan, Stanley Tucci, Giancarlo Esposito, Woody Norman, Holly Hunter, Ann Russo, Greg Cromer, Vince Pisani, A. Vozes de Woody Harrelson, Anthony Mackie, Brian Cox, Jenny Slate, Hank Azaria, Colman Domingo, Alan Tudyk.

Distribuição: Netflix.

Trailer:

Onde assistir:
Chris Pratt e Millie Bobby Brown em "The Electric State" (divulgação/Netflix)
Chris Pratt e Millie Bobby Brown em "The Electric State" (divulgação/Netflix)
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