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O Lobo de Wall Street (filme)
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O Lobo de Wall Street

Avaliação:
9/10

9/10

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Crítica | Ficha técnica

Esqueça o Martin Scorcese angelical de A Invenção de Hugo Cabret, seu filme de 2011. Em O Lobo de Wall Street é o diretor de Caminhos Perigosos que está no comando, levando para as telas a chocante biografia de Jordan Belfort, o ex-milionário antiético do mercado de ações.  As pesadas revelações de sua história permitiram que Scorsese fosse tão ousado quanto sua criatividade lhe permitiu.

De cara, o filme nos pega de surpresa com o uso abundante de drogas e a presença constante de cenas de sexo e orgias, mesmo não sendo explícito. E, isso sem mencionar as táticas imundas usadas por Belfort para ficar rico. Além disso, tudo aconteceu na vida real, o que é surpreendente.

Acertadamente, Scorsese usa um monte de recursos que se encaixam no topo da vida do milionário. Por exemplo, encontramos o voice over na narração do personagem principal, congelamento de imagem, conversa direta para a câmera, câmera lenta, ângulos inesperados. Nesse sentido, vemos o personagem dirigindo uma Ferrari vermelha e, de repente, o narrador diz que era branco-como-o-de-Don-Johnson-em-Miami-Vice, e o carro muda de cor.

Um vendedor nato

Na verdade, o talento real de Jordan Belfort era ser um vendedor incrível. Assim, ele faz sucesso quando começa a vender ações penny stocks, e isso lhe rendeu grandes comissões. A grande questão é que ele tinha aprendido com um ex-empregador, interpretado magnificamente por Matthew McConaughey em uma pequena ponta. Aliás, essa é uma das melhores cenas do filme. Porém, segundo o mentor, ele não deveria se importar se seu cliente ganhava dinheiro, o importante era vender e receber a comissão. Como resultado, essas práticas antiéticas o levariam às investigações do FBI e, finalmente, à sua ruína.

Aliás, O Lobo de Wall Street é extravagante como a década de 1980, magistralmente retratado pela direção de arte. Igualmente extravagante era a maneira como Belfort viveu. Interpretado por Leonardo Dicaprio, companheiro de longa data de Scorsese em muitas produções, o personagem fica cada vez mais louco durante o filme. Nesse processo, ele deixa sua bela esposa (Cristin Milioti) e a substitui pela garota de programas Naomi (Margot Robbie). Logo, fica viciado em sexo, drogas e em ganância infinita.

Enfim, se Os Infiltrados (2006) foi aclamado pela crítica e pelo público e O Lobo de Wall Street não tanto, isso só pode ser explicado pelo tema desagradável deste último. Porém, este é um filme sujo, mas brilhante.


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