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Thor - Amor e Trovão (filme)
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Thor – Amor e Trovão

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

O diretor Taika Waititi salvou os filmes do deus nórdico do trovão quando abandonou a abordagem reverenciosa de Thor (2011) e Thor: O Mundo Sombrio (2013) para entrar no universo Marvel com a alta carga de comédia de Thor: Ragnarok (2017). Logo, o resultado positivo o capacitou para assumir Thor: Amor e Trovão (2022).

Amor e Trovão / Armas e Rosas

Thor assumiu a comédia definitivamente nos últimos filmes dos Vingadores. Em Vingadores: Ultimato (2019), ele aparece decadente, bêbado e com uma barriga enorme. Portanto, não é de se estranhar que Waititi já comece seu novo filme com essa pegada. Tendo como gancho a sua recuperação, entra uma montagem engraçada narrada por Bradley Cooper, encarnando o personagem Rocket. Na trilha sonora, no lugar das composições pomposas dos filmes de super-heróis, entra Guns N’ Roses. Dessa forma, o tom sisudo (e até assustador) do prólogo fica cada vez distante, conforme o filme avança. Porém, deixa de lado, também, a espinha dorsal da narrativa. Esta trata da ameaça de Gorr (Christian Bale), possuído pela espada que mata deuses, e do esforço de Thor (Chris Hemsworth), Jane Foster agora como A Poderosa Thor (Natalie Portman) e Valquíria (Tessa Thompson) para impedí-lo.

Por um lado, Thor: Amor e Trovão diverte com o seu humor, trazendo muitas piadas engraçadas. Não faltam alguns (poucos) detalhes direcionados somente aos especialistas em MCU. Mas, nem todas as piadas funcionam, claro. E, às vezes a insistência na mesma situação pode cansar. Como é o caso do ciúme da nova arma de Thor (a Rompe-Tormentas) por causa do retorno do martelo Mjölnir, a “ex” do herói. Mas, com isso, aqueles que esperam um empolgante filme de ação podem se decepcionar. A jornada se desenrola em ritmo lento, considerando que se trata de um filme de super-herói. E, de fato, o vilão Gorr desaparece da tela por vários minutos, assim como as crianças que ele mantém como reféns. Dessa forma, desperdiça a tensão desse cenário.

Jane & Thor

Além da comédia, a trama abre espaço também para o drama de Jane Foster, que está gravemente doente, bem como para seu relacionamento com Thor. Mas, nesse ponto Taititi tropeça na dificuldade de reencontrar o equilíbrio do tom dessas cenas. Afinal, o namoro entre eles aconteceu quando o Thor era sério, um verdadeiro deus, e nesse reencontro Thor assume características de um trapalhão. Nesse sentido, é emblemática a cena no hospital na qual Thor quebra a porta da máquina de salgados. Ele leva vários produtos para a acamada Jane, dizendo: “Quem trancou a porta da geladeira?”. E Jane não ri nem esboça qualquer reação.

Na verdade, o retorno de Jane parece desnecessário, e até atrapalha a narrativa. Sem Jane, a trama poderia ser mais enxuta e evitar os tropeços no seu tom. Nem mesmo para justificar um equilíbrio entre gêneros sua presença é vital, pois a Valquíria já solucionaria essa questão. De qualquer forma, Thor: Amor e Trovão diverte, e a abordagem cômica inaugurada por Waititi comprova novamente que funciona bem melhor do que a opção austera dos dois primeiros longas com o super-herói.  


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