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Cena do filme "Três Mulheres: Uma Esperança"
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Três Mulheres: Uma Esperança

Avaliação:
4/10

4/10

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Crítica | Ficha técnica

Três Mulheres: Uma Esperança (Lost Transport) parte da premissa simplista de que as mulheres nunca fariam uma guerra. Posto isso, a trama constrói uma situação limite. Na primavera de 1945, final da Segunda Guerra Mundial, encontram-se na cidade de Tröbitz, no leste da Alemanha, três mulheres em posições opostas. Uma delas é a judia Simone (Hanna van Vliet), que estava num trem transportando prisioneiros que serviriam de moeda de troca para os nazistas. A outra é a soldada Vera (Eugénie Anselin), que faz parte do exército russo que está ocupando os territórios nazistas como um dos países aliados, mas faz isso com extrema brutalidade. Por fim, temos a moradora local Winnie (Anna Bachmann), uma partidária de Hitler.  

O roteiro atropela explicações, mas essas três personagens acabam morando na mesma casa. Os judeus trouxeram uma epidemia, e o marido de Simone está doente. Aos poucos, surge uma empatia mútua entre as três mulheres, e Vera defende as duas colegas dos abusos dos soldados russos. Há uma ação muito fácil de fuga conduzida pela russa, mas a judia prefere voltar para Tröbitz. O filme não justifica nada disso. Parece até um golpe de sorte que Simone tenha preferido ficar, pois logo surgem os heroicos soldados americanos para colocar a paz de vez nos territórios ocupados.

Um típico filme para TV

Enfim, uma trama ingênua e tola, e ainda com uma direção fraca da holandesa Saskia Diesing. É o seu sexto filme, sendo que metade de seus longas foi feito para a TV. E o trabalho televisivo marca claramente Três Mulheres: Uma Esperança. Para começar, causa estranheza que os prisioneiros judeus desçam do trem, vindo diretamente dos campos de concentração, todos limpos e com roupas civis em bom estado. Da mesma forma, as ruas de Tröbitz, em pleno período de fim de guerra, está impecavelmente limpa. Além disso, o filme não coloca violência nas telas. Por exemplo, ela está em elipse na morte da mãe de Winnie – o que, aliás impede que saibamos se foi Vera que a matou, detalhe crucial para a história. Então, talvez para diferenciar essa produção de um filme para a TV, Saskia Diesing insere uma cena de nudez desnecessária. Para piorar, as atuações das atrizes nos papéis de Vera e Simone são terríveis.

Três Mulheres: Uma Esperança se encaixaria dentro da programação das empresas de streaming para incrementar a quantidade do catálogo. Assim, talvez chamasse a atenção de algum interessado por conta do seu tema. Mas, estranhamente, chega às telas de cinema em 8 de junho de 2023. Deve passar desapercebido.


Cena do filme "Três Mulheres: Uma Esperança"
Cena do filme "Três Mulheres: Uma Esperança"
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