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Tudo por uma Herança (filme)
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Tudo Por Uma Herança

Avaliação:
4/10

4/10

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Crítica | Ficha técnica

“Tudo Por Uma Herança” é um veículo para o comediante Rodney Dangerfield. Ele nunca fez muito sucesso no Brasil, apesar da popularidade alcançada no mercado norte-americano. De olhos esbugalhados, o cinquentão era uma versão madura da turma do Saturday Night Live, com quem fez o sucesso “Clube dos Pilantras” (Caddyshack, 1980), coestrelado por Chevy Chase e Bill Murray. Da mesma forma, abusava da grosseria e das alusões ao uso de drogas e bebidas alcoólicas.

É assim seu personagem Monty Capuletti, casado e com dois filhos, mas detestado por sua sogra, a milionária Sra. Monahan (Geraldine Fitzgerald). Ela desaprova seus hábitos de beber, fumar, comer, sair para noitadas com amigos, apostar dinheiro em jogos e apreciar um baseado.

Então, a velha senhora bate as botas e deixa 10 milhões de herança para a sua filha. Mas, com a condição de que seu marido se endireite e largue seus péssimos costumes. Assim, cabe a Monty se sacrificar para seguir à risca a lista de restrições deixadas por sua finada sogra. Para este desafio, conta com a cobrança da família e do apoio de seu melhor amigo, Nicky (Joe Pesci). Quem torce contra é Clive Barlow (Jeffrey Jones), o assistente da Sra. Monahan, que é o herdeiro subsidiário da fortuna caso Monty não consiga cumprir as exigências.

O filme se foca nesse desafio, colocando Rodney Dangerfield, um dos autores do roteiro, no protagonismo das situações. Ele chega até a cantar, durante a festa de casamento de sua filha mais velha. Na época, “Tudo Por Uma Herança” conseguiu boa arrecadação nos EUA, mas hoje é difícil rir das piadas sobre as grosserias de Rodney. Quando muito, rimos das cenas de puro pastelão, como quando o bolo de casamento é destruído.

Tudo por uma risada

Contudo, o que torna o filme difícil de acompanhar são as pontas não amarradas do roteiro, situações que surgem do nada mas que não são levadas adiante. Como, por exemplo, o fato de Monty ser inspiração para uma coleção e roupas masculinas da loja de departamentos de sua sogra, que inesperadamente faz sucesso.

E faltou ao diretor James Signorelli, egresso do Saturday Night Live, olhar clínico para enxergar a oportunidade de explorar o ator Jeffrey Jones, colocando-o em situações onde procurasse estragar os esforços de Monty, em um papel muito similar ao que seria destaque três anos depois, como o inspetor da escola em “Curtindo a Vida Adoidado” (Ferry Bueller’s Day Off, 1986).

Mas, passados mais de trinta anos de sua realização, o que resta de interessante em “Tudo Por Uma Herança” são as participações dos coadjuvantes Joe Pesci, no agora tradicional papel cômico de baixinho nervosinho, Jennifer Jason Leigh, ainda em começo de carreira, e Sandra Beall, uma belíssima atriz que teve uma carreira meteórica, porém marcante (assista “Key Exchange”, de 1985, entenda por que).


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