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Um Sonho de Liberdade (filme)
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Um Sonho de Liberdade

Avaliação:
9/10

9/10

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Crítica | Ficha técnica

Antes de estrear na direção de longas com Um Sonho de Liberdade (The Shawnshank Redemption, 1994), Frank Darabont assinou a coautoria de três roteiros para o cinema. Foram eles: A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos (A Nightmare on Elm Street 3: Dream Warriors, 1987), A Bolha Assassina (The Blob, 1988) e A Mosca 2 (The Fly II, 1989). Com essa reputação, conseguiu escrever e dirigir esta adaptação do conto “Rita Hayworth and the Shawshank Redemption”, de Stephen King. No lançamento, foi um fracasso de bilheteria. Mas, recebeu sete indicações ao Oscar e, hoje, é o número 1 da lista de filmes com melhor cotação do público no site IMDb.

Cinco anos depois, Darabont assumiria a direção e roteiro de outra adaptação de uma obra de Stephen King que se passa na prisão. Estamos falando de À Espera de um Milagre (The Green Mile, 1999), estrelado por Tom Hanks, um filme que, por isso, muitos confundem com este Um Sonho de Liberdade. O cineasta dirigiria, até agora, somente mais dois longas: Cine Majestic (The Majestic, 2001) e O Nevoeiro (The Mist, 2007). Este último, também uma adaptação de Stephen King. Embora pouco assíduo em produções para a tela grande, Darabont escreve ativamente para a TV. Ele é, simplesmente, o criador da série The Walking Dead, que já está na sua 11ª temporada.

Um sonho hollywoodiano

Um Sonho de Liberdade parece que foi realizado na Velha Hollywood, aquela da era clássica do meado do século 20. E isso não é demérito algum, pelo contrário. O estilo de Darabont segue esse classicismo, sem invenções. O resultado é uma narrativa muito fácil de acompanhar, o que explica parte da sua alta avaliação pelo público. Além disso, os personagens claramente se distinguem em relação ao seu caráter, dentro da dualidade bom e mau. O único que mostra uma face falsa por cima de sua essência ruim é o diretor da prisão. Os demais, incluindo os protagonistas, se dividem entre os guardas na maioria violentos e os prisioneiros que se unem no companheirismo sem prejudicar os outros. Entre esses dois grupos, se encontram os piores, que são os depravados sexualmente, que estupram os internos que eles escolhem como suas vítimas.

Destaca-se o uso incomum do narrador que não é o protagonista, mas o amigo que conta a sua história. É Morgan Freeman quem empresta a voz e a imagem para essa função da narração, encarnando o prisioneiro Red. Com exceção do prólogo, Red testemunha e relata a trajetória de Andy Dufresne (Tim Robbins) dentro da prisão de Shawshank. Andy se diferencia dos demais detentos, pois tem formação superior e era um executivo de alto escalão em um banco. Seus conhecimentos o aproximam do diretor e dos guardas corruptos, que precisam de seus serviços para escaparem da Receita Federal. Mas, Andy não pode confiar nessa turma, e logo precisa de muita resiliência para manter intactos os seus valores, e viva a esperança de escapar da injusta sentença perpétua que recebeu.

Previsível só na conclusão

O filme não pinta de tons coloridos a realidade amarga dentro da prisão. Apesar disso, o companheirismo e a perseverança permitem que Andy celebre a conquista de mudanças importantes, como a expansão da biblioteca. No entanto, a violência está sempre presente. Os guardas sádicos atacam imotivadamente os presos com sadismo, e Andy se torna vítima constante de estupro e espancamento. Mas, o diretor Darabont opta por expor esse lado implicitamente, em sua maior parte, o que reforça a ideia de soar como uma produção dos anos 1940 ou 1950.

O didatismo para explicar a estratagema eficaz de Andy, na parte final, é bem-vinda. Através do relato de Red, podemos admirar a força de vontade que teve o protagonista para executar seu inteligente plano de fuga. Por fim, tudo culmina numa conclusão que satisfaz o público, como fazia o clássico cinema hollywoodiano. Aliás, não importa que esse final seja previsível, pois para chegar nele os protagonistas precisam atravessar um caminho tortuoso, e dramaticamente emocionante.,


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