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Viva - A Vida é uma Festa (filme)
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Viva – A Vida é uma Festa

Avaliação:
10/10

10/10

Crítica | Ficha técnica

Com Viva: A Vida é uma Festa, a Pixar surpreende e se supera após o original Divertida Mente (2015). E soa atualíssimo, ao reverenciar a tradição mexicana da celebração do dia dos mortos. Afinal, estamos em tempos de governo de extrema direita liderado pelo presidente estadunidense Donald Trump, que prega o xenofobismo em um país com 45 milhões de habitantes com origem latina.

Viva: A Vida é uma Festa expõe para o mundo, sem didatismo disfarçado, como o povo mexicano comemora o dia dos mortos. E faz isso através da muito bem construída estória do menino Miguel, que deseja ser músico mas sua família o proíbe. Sua família baniu a música desde que o tataravô de Miguel abandonou a esposa e a filha pequena para seguir a carreira artística. O garoto desobedece a restrição e invade a tumba de Ernesto de la Cruz, o mais famoso músico do país. Miguel acredita que ele é seu tataravô, e rouba seu violão para participar de um concurso de talentos.

Porém, com esse ato, Miguel acaba entrando no mundo dos mortos. Lá, os seus antepassados falecidos o encontram, e podem abençoa-lo para voltar ao mundo dos vivos. Porém, eles impõem a condição de ele ficar distante da música, o que ele não aceita. Então, resta a Miguel buscar Ernesto de la Cruz para pedir a benção. Mas, ele precisa se apressar, porque se ele continuar no mundo dos mortos ao amanhecer, ele se tornará um deles. Na jornada, ele encontra Héctor, em sua última noite de existência como morto, já que nenhuma pessoa viva se lembra dele.

Aventura inserida na narrativa

Essa nova animação da Pixar se destaca de outros longas infantis, porque a aventura do protagonista está inserida na narrativa. Ou seja, não há um motivo forçado, como salvar o mundo, ou resgatar alguém, ou alguma outra tolice presente em outros filmes. Aqui, Miguel precisa solucionar sua volta ao mundo dos vivos, caso contrário se transformará em um morto.

Em Viva: A Vida é uma Festa, aprendemos, com respeito e sem julgamento, que no dia dos mortos, os finados que são lembrados e recebem oferendas podem passar um dia no mundo dos vivos, para visitar seus entes queridos. Aquele que é esquecido, acabará desaparecendo para sempre, como o caso do personagem Héctor.

Além disso, o filme resgata a importância da família para os jovens. Miguel, na sua jornada, descobre e entende os motivos de seus parentes evitarem a música. Por outro lado, os mais velhos aprendem com Miguel que o rancor pode prevenir a busca da verdade dos fatos e o perdão.

De quebra, Viva: A Vida é uma Festa é uma ferramenta para se aprender sobre os graus de parentesco de forma lúdica. Contudo, sem negar que apela, inevitavelmente, para o sentimentalismo do público, principalmente o adulto, ao tocar a memória de parentes que se foram.

Com Viva: A Vida é uma Festa, a música, aliada a uma boa estória, produz novamente a melhor animação do ano (2017, quando o filme foi lançado nos EUA), repetindo Trolls, de 2016. Só não se esqueça que, caso procure a trilha sonora no idioma original, o título em inglês é Coco, que, por razões óbvias, foi trocado no Brasil.


Ficha técnica:

Viva – A Vida é uma Festa (Coco, 2017) EUA, 109 min. Dir: Lee Unkrich, Adrian Molina. Rot: Adrian Molina. Vozes de: Anthony Gonzalez, Alanna Ubach, Edward James Olmos, Gael Garcia Bernal, Benjamin Bratt, Gabriel Iglesias, Cheech Marin, Jaime Camil, Alfonso Arau.

Walt Disney Studios

Trailer:
Onde assistir:
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