Pesquisar
Close this search box.
Warriors: Selvagens da Noite
[seo_header]
[seo_footer]

Warriors: Os Selvagens da Noite

Avaliação:
8/10

8/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

Warriors: Os Selvagens da Noite é um excelente filme de brigas entre gangues urbanas. A direção é de Walter Hill, especialista no gênero ação que viria a realizar 48 Horas (1982) e Ruas de Fogo (1984).

A época em que o Warriors: Os Selvagens da Noite foi lançado, no ano de 1979, era propícia para esse tipo de filme. Ainda refletindo os efeitos da desilusão após o sonho hippie, as grandes metrópoles conviviam com a violência nas ruas, liderada pelo movimento punk. Assim, Nova York, palco da trama desse longa-metragem, representava esse zeitgeist. Suas ruas desertas à noite, cortadas por trens de metrô violentados por pichações não autorizadas, se apresentavam como cenário ideal para a história.

Na trama, a Big Apple está informalmente subdividida entre as gangues locais. Cyrus, líder da maior delas, convoca uma reunião geral para que todas unam suas forças para dominar a cidade. Mas um tiro vindo do meio da multidão alveja Cyrus, que cai morto. Um dos membros da gangue Warriors vê quem disparou e o assassino se esquiva de ser descoberto culpando os Warriors pelo incidente. Logo, todas as gangues e a polícia estão atrás dos Warriors. Então, seus oito membros precisam ir do Bronx, onde aconteceu o encontro, até Coney Island, onde vivem.

A jornada 

O trajeto levará a madrugada inteira. Os Warriors usarão o metrô em alguns trechos, mas não será um trajeto direto. Nas várias paradas pelo caminho, enfrentarão diferentes gangues e a perseguição policial. Dos nove integrantes que foram para a reunião, apenas seis retornarão.

Warriors: Os Selvagens da Noite possui um ritmo agradavelmente dinâmico, onde os picos de ação são intercalados por momentos mais tranquilos, ou aparentemente tranquilos, como quando alguns Warriors encontram a gangue feminina Lizzies, ou quando o líder dos Warriors, Swan (Michael Beck), discute uma possível relação com Mercy (Deborah Van Valkenburgh), a moça que se junta ao grupo em fuga. Cada etapa é marcada pela DJ de uma rádio que narra a estória, uma inserção bem criativa onde vemos apenas o microfone e a boca da apresentadora.

As gangues são uma atração à parte. Cada uma tem uma característica própria, marcada por sua condição social, seu gênero, sua etnia ou crença, e vestindo roupas iguais como se fossem um uniforme de batalha. E, quando cada uma delas encontra os Warriors, os embates são emocionantes, e formados por brigas verossímeis.

Warriors: Os Selvagens da Noite apresenta um ensemble cast que funciona. Os oito membros dos Warriors possuem sua identidade pessoal, mas com uma profundidade apenas suficiente, para que não deixemos de vê-los como um grupo. O espectador, assim, torce pela salvação desse coletivo, e não apenas de um integrante específico, o que diluiria sua força.

O filme marcou época e ainda hoje continua empolgante.


Warriors: Selvagens da Noite
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo