Em X-Men: Apocalipse, novo filme dos mutantes da Marvel dirigido por Bryan Singer, acompanhamos a formação da equipe X-Men. Ou seja, quando seus integrantes, ainda jovens, se conhecem e descobrem como controlar seus poderes. A necessidade que os une surge do retorno de um poderoso mutante do Egito antigo, disposto a destruir o mundo.
A primeira sequência de X-Men: Apocalipse retrata exatamente o momento em que En Sabar Nur (Oscar Isaac) recebe seus poderes, mas é impedido de usá-los porque consegue ser impedido. Os créditos surgem como um túnel de tempo que leva até 1983, ano em que a estória do filme se desenrola. É nesse ano que a agente federal Moira (Rose Byrne), inadvertidamente, permite que os raios solares despertem En Sabar Nur. Então, ele passa a recrutar mutantes para formar o grupo que trará o apocalipse.
Em paralelo, o filme apresenta a situação atual de outros personagens mutantes, como Mística (Jennifer Lawrence), Noturno (Kodi Smit-McPhee), Ciclope (Tye Sheridan), Mercúrio (Evan Peters) e Jean Grey (Sophie Turner). Assim, todos acabam na escola do Professor Charles Xavier (James McAvoy), para conviverem com outros mutantes e, em alguns casos, aprenderem a controlar seus poderes. Um dos veteranos da turma, Magneto (Michael Fassbender), vive na Polônia, escondendo seus poderes. Porém, é descoberto e uma tragédia familiar acontece, o que o acaba tornando vítima do controle mental de En Sabar Nur para fazer parte de seu time para causar o fim do mundo.
Reunião de mutantes
Essa reunião de mutantes, tanto por parte de En Sabar Nur, como pelo lado dos defensores do bem, acaba se revelando a melhor parte de X-Men: Apocalipse. Conhecer esses personagens, um a um, sejam já conhecidos ou não do espectador, se mostra um exercício cativante. Cada qual possui características pessoais marcantes. Mas, em muitos casos não conhecemos ainda qual o seu poder. Logo, isso instiga o público a acompanhar a estória para descobrir, ainda mais com um elenco repleto de atores famosos.
O embate final, como virou regra em filmes de super-heróis, principalmente quando reunidos em grupos, acaba num megaevento de gigantescas proporções. Em X-Men: Apocalipse, como seu título anuncia, o mundo enfrenta seu apocalipse e vemos cidades inteiras indo pelos ares, diante do poder de Magneto. O combate entre mutantes do bem e do mal ganha interesse quando toma a forma de embates corpo a corpo, mas perde quando representa o uso de poderes guardando distância de seu oponente. Um elemento que contribui para gerar ansiedade no confronto é guardar até o último momento o suspense sobre qual poder Jean Grey possui, o que foi antes antecipado, mas não divulgado, como o mais potente de todos.
Os X-Men no cinema resultaram em filmes bons e ruins, uma franquia bem irregular e repleta de spin-offs. Então, X-Men: Apocalipse, consegue ficar acima da média, graças à intenção do roteiro de concentrar boa parte de sua estória na apresentação dos personagens ao público.
Ficha técnica:
X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, 2016) EUA. 144 min. Dir: Bryan Singer. Rot: Simon Kinberg. Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult, Oscar Isaac, Rose Byrne, Evan Peters, Josh Helman, Sophie Turner, Tye Sheridan, Lucas Till, Kodi Smit-McPhee, Ben Hardy, Alexandra Shipp, Lana Condor, Olivia Munn, Ally Sheedy.
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