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Poster de "X-Men: O Filme"
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X-Men: o Filme

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

Antes de tudo, é importante situar que X-Men: O Filme foi lançado dois anos antes de Homem-Aranha (2002), de Sam Raimi. Provou, assim, que era possível adaptar para as telas do cinema uma HQ de super-heróis com fidelidade. Preocupação que, hoje, deixou de ser priorizada, infelizmente.

X-Men: O Filme tem direção de Bryan Singer, que vinha do sucesso de Os Suspeitos (1995), e que viria a realizar mais três filmes dessa franquia de super-heróis.

Os personagens

A necessidade de apresentar os personagens, ao invés de ser um fardo, se transformou num trunfo. De fato, a primeira metade, basicamente dedicada a isso, representa o que o longa tem de melhor.

Afinal, para quem não conhecia os quadrinhos, cada novo super-heróis abria a oportunidade de uma surpresa. Por exemplo, descobrir quem é esse Wolverine (Hugh Jackman), seus poderes e suas fraquezas. O enredo mostra como esse personagem acabou se alinhando – pelo menos nessa história – com o time de Xavier (Patrick Stewart). Ou seja, do lado daqueles mutantes que acreditam no convívio pacífico com os humanos. Integram essa equipe, também, Jean Grey (Famke Janssen), Cyclops (James Marsden) e Storm (Halle Berry). A adolescente Rogue (Anna Paquin) chega junto com Wolverine, também conhecido como Logan, para entrar na escola para mutantes de Xavier.

Dos outro lado, estão os mutantes liderados por Magneto (Ian McKellen), que quer entrar em conflito com os humanos. Principalmente porque está em votação no Senado estadunidense uma lei que exigirá a identificação de quem é mutante – uma prática que lembra o que os nazistas fizeram com os judeus. No time de Magneto estão Sabretooth (Tyler Mane), Toad (Ray Park) e Mystique (Rebecca Romijn).

O plano do vilão

Após a apresentação dos super-heróis, em meio a muita ação, o filme cai na sua segunda metade. O plano de Magneto parece uma tolice, não tanto pela ideia em si, mas pela forma como ele pretende executá-la. Ele pretende contaminar os líderes mundiais para transformá-los em mutantes. Dessa forma, eliminaria todo o preconceito que existe na sociedade contra essas pessoas diferentes. Mas, para isso, pretende usar os poderes de Rogue para criar uma radiação que lançará a radiação contaminante, em pleno ar livre, ao redor da Estátua da Liberdade.

Até mesmo na tela, esse plano não funciona, pois os efeitos visuais não são suficientemente convincentes. É certo que a tecnologia de computação não estava tão avançada como hoje, mas nos lembremos que Homem-Aranha surpreendeu apenas dois anos depois nesse quesito, ao mostrar o super-herói aracnídeo saltando pelos edifícios. Complica ainda mais o fato de Bryan Singer se atrapalhar em alguns trechos das cenas de ação, nos quais não dá para entender o que está acontecendo.

X-Men: O Filme, ainda assim, inaugurou satisfatoriamente a franquia desse grupo de heróis que atingiu a incrível quantidade de 14 filmes com Deadpool & Wolverine (2024). Apesar da fraca ideia para o plano do vilão, a história é boa, e os personagens cativantes. Além disso, analogias com eventos reais (nazismo, guerra fria, preconceito na sociedade contra minorias) garante um toque de seriedade ausente da maioria dos filmes de super-heróis.

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Ficha técnica:

X-Men: O Filme | X-Men | 2000 | 104 min | EUA, Canadá | Direção: Bryan Singer | Roteiro: David Hayter | Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Ian McKellen, Famke Janssen, James Marsden, Halle Berry, Anna Paquin, Tyler Mane, Ray Park, Rebecca Romijn, Bruce Davison.

Distribuição: 20th Century Fox.

Onde assistir:
Cena de "X-Men: O Filme"
Cena de "X-Men: O Filme"
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