Zumbilândia: Atire Duas Vezes prefere preservar tudo o que deu certo no filme original, lançado dez anos antes. Por isso, mantém a mesma mistura dos gêneros ação, terror e comédia, bem como o mesmo diretor, os mesmos roteiristas (com a adição de Dave Callaham), e o elenco principal. Sem intenção, o subtítulo “Atire Duas Vezes” acaba entregando esse segredo de produção.
Dez anos após a primeira aventura, os heróis sobreviventes vivem seguros na Casa Branca. São eles: Columbus (Jesse Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin). Porém, Columbus resolve pedir Wichita em casamento, e, com resposta, ela resolve fugir com a irmã Little Rock. Então, as duas encontram o jovem hippie Berkeley (Avan Jogia) no caminho. Logo, a agora mocinha Little Rock se apaixona por ele e decide partir com o rapaz para um centro comunitário pacifista.
Em seguida, Wichita retorna para a Casa Branca para pegar munição para ir atrás da irmã. No entanto, descobre que Columbus acaba de transar com uma jovem desmiolada chamada Madison (Joey Deutch). A contragosto, Wichita aceita a ajuda de Tallahassee e os quatro partem atrás de Little Rock, preocupados com o boato de uma nova raça de zumbis, mais rápidos e resistentes.
Repetindo a fórmula
Zumbilândia: Atire Duas Vezes não tem vergonha de repetir o que funcionou no primeiro filme. Novamente, Columbus assume a narração do filme, que começa com créditos em cima de cena de ação em slow motion ao som de “Master of Puppets”, do Metallica. Dessa forma, apresenta suas características ao público que por ventura não conheça o primeiro filme. Ou seja, uma comédia com ótimas sequências de combate e muito sangue e crânios esmagados.
Em formato de road movie, Zumbilândia: Atire Duas Vezes apresenta novos personagens coadjuvantes, além de Madison. A turma para em um hotel perto de Graceland, onde mora Nevada (Rosario Dawson). Lá, recebem a visita de dois homens que se parecem muito com Tallahassee e Columbus, o que gera várias piadas.
Desta vez, os confrontos com zumbis são esporádicos. De fato, a ação fica eletrizante mesmo só quando uma enorme horda de zumbis tenta invadir o centro comunitário hippie. Dessa forma, amplia a parte final de Zumbilândia, quando os zumbis atacam o parque de diversões.
Em suma, tudo funciona bem, como no primeiro filme. Salvo pelo detalhe da cura de Madison, que inexplicavelmente consegue se juntar à turma depois de ter sido infectada pelo vírus dos zumbis. Na verdade, esse detalhe e os dramas românticos de Columbus/Wichita e Little Rock/Berkeley enfraquecem um pouco essa sequência. Porém, mesmo assim, Zumbilândia: Atire Duas Vezes diverte à beça com seu humor e suas cenas de ação.
