Pesquisar
Close this search box.
007 Contra Spectre (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

007 Contra Spectre

Avaliação:
8/10

8/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

Quarto filme em que Daniel Craig interpreta James Bond, “007 Contra Spectre” comprova o vigor desta versão mais visceral do espião inglês. Sem perder seu charme, Bond envolve-se fisicamente em lutas corporais e sofre torturas horríveis, em ações que o deixam à beira da ilegalidade.

O ousado diretor Sam Mendes, que debutou com “Beleza Americana” (American Beauty, 1999), orquestrou um plano sequência (sem cortes) intrincado no prólogo do filme. Envolve centenas de extras, e variados cenários. Especificamente, parte da festividade do Dia dos Mortos nas ruas da Cidade do México, entra em um edifício, sobe em um elevador, entra num quarto, sai pela janela, até ter um corte finalmente. Dessa forma, o diretor transformou o tradicional prólogo dos filmes de 007 em uma sequência cinematograficamente belíssima.

A missão

Desta vez, James Bond enfrenta a burocracia, personalizado por C (Andrew Scott, da série “Sherlock”). Ele é o líder da inteligência britânica que deseja substituir o MI6, agência secreta que mantém a equipe de 007, por tecnologia de vigilância onipresente. A decisão de fechar o MI6 limita o tempo para que Bond possa agir, ao descobrir a Spectre, organização por trás das tramas criminosas que enfrentou nas últimas missões.

O líder da Spectre é Blofeld, vivido pelo melhor intérprete de vilões dos últimos anos, Christoph Waltz, vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante por “Django Livre” (Django Unchained, 2012). A história amarra firmemente os filmes anteriores do Bond de Daniel Craig usando o reinado do mal de Blofeld. E, mais interessante ainda, coloca uma ligação pessoal entre o vilão e Bond.

James Bond brutal

Acima de tudo, “007 Contra Spectre” mantém a aridez dos combates corpo a corpo da era Daniel Craig. Por isso, Bond enfrenta um adversário fisicamente superior, e novamente o submete a uma tortura dolorosa envolvendo agulhas. Porém, não deixa de lado as perseguições de carro espetaculares, fornecendo aquela sensação de poder que os filmes de 007 sempre proporcionam.

Ademais, um detalhe mais sutil colabora na elevação dos diferentes climas ao longo do filme. As cores são empregadas para diferenciar o sentimento gerado em cada sequência. Assim, partimos dos tons sépios da Cidade do México, para o cinzento de Londres, daí para o amarelado de Roma, o branco da Áustria (onde conhecemos a gélida Bond Girl Madeleine, interpretada por Léa Seydoux), bem como o bege-laranja de Tânger (Marrocos).

No entanto, talvez essa seja a última aventura de Daniel Craig como James Bond. Afinal, além das declarações do ator de que não atuará mais como o espião, a própria história parece encerrar seu ciclo. Enfim, independente da próxima safra de filmes, esses quatro já garantiram a volta de Bond ao topo dos heróis da espionagem no cinema.


007 Contra Spectre (filme)
007 Contra Spectre (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo