007 – Operação Skyfall é o novo filme com Daniel Craig como James Bond.
E, depois que Daniel Craig passou a interpretar o espião 007, muito marmanjo deixou de sonhar em ser James Bond. Mais realistas, os filmes da série agora mostram que a vida de Bond não se resume a luxo, elegância, mulheres bonitas, carrões, aventuras e viagens. O personagem de Craig sofre torturas físicas e psicológicas, além de traições.
007 – Operação Skyfall segue essa tendência e ainda resgata muito da tradição do agente britânico ao mesmo tempo em que a atualiza. Sua líder, “M” (Judi Dench), tem sua competência e lealdade colocada em cheque e caberá a Bond defende-la ou não. Inevitavelmente será o fim de uma era, mas um novo elo com o tradicional aparecerá na figura de Mrs. Moneypenny, outra personagem antológica da equipe de agentes especiais. Outra tradição é igualmente apresentada e destruída: o carro Aston Martin. Saem de cena, também, as lendárias parafernálias tecnológicas do tipo caneta-que-se-transforma-em-arma. Agora, a maior arma no filme é um software desenvolvido pelo vilão interpretado por Javier Bardem.
Um vilão letal
O vilão, Silva, é um dos mais perigosos e letais de todos os filmes do 007. Ele possui o motivo e os meios para agir assim, pois é um ex-agente que busca vingança. Como agravante, recebeu treinamento para missões difíceis e conhece os segredos da agência MI6. Seu objetivo é acabar com a reputação do MI6 e, especificamente, eliminar “M”.
Por outro lado, uma tradição que se manteve intacta é apresentação dos créditos no início do filme. Desta vez, com a canção tema na voz de Adele. E isso mesmo que, atualmente, os filmes apresentem os créditos somente no final do filme.
007 – Operação Skyfall tem clima tenso e nervoso, sem muita enrolação, apesar de ter 2h23min de duração. Substitui o glamour, humor e fantasia de outras versões de Bond por muita ação, ganhando pontos a favor por ser muito mais realista. É o melhor da geração Daniel Craig e um dos melhores de toda a série.
