Vencedor do Oscar de Melhor Curta de Animação em 2009, “A Casa de Pequenos Cubinhos” é uma bela metáfora sobre o envelhecimento.
Um homem velho mora num lugar que está gradativamente se inundando. Então, cada vez que a água atinge sua casa, ele precisa construir outra em cima. Certa vez, quando ele termina de construir a nova, derruba seu cachimbo preferido e ele resolve mergulhar para encontrá-lo.
Nessa missão, ele vai descendo de casa em casa onde já viveu, cada uma trazendo memórias de quando morava lá. Relembra cuidando da sua esposa doente, da chegada do netinho, da sua filha apresentando o futuro marido, etc.
Cada casa, ou cubinho, como no título, representa um degrau de sua memória, da saudade dos tempos que se passaram. Pode ser melancólico, mas essas camadas de vivência constroem o que somos atualmente. Por isso, o protagonista persiste em continuar vivendo onde está, ao invés de abandonar o local e se mudar, como muitos moradores fazem na estória.
Na cena final, ele se mostra em paz com seu passado. “A Casa de Pequenos Cubinhos”, enfim, é um brinde à vida.
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Ficha técnica:
A Casa de Pequenos Cubinhos (Tsumiki no ie, 2008) Japão. 12 min. Dir/Rot: Kunio Kato. Elenco: Masami Nagasawa.
Assista: Animation Fundamentals – assignment about animator Kunio Kato.
