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A Doce Vida (filme)
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A Doce Vida

Avaliação:
10/10

10/10

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Crítica | Ficha técnica

Uma visita a Roma neste ano me instigou a vontade de rever os filmes de Fellini. Principalmente, A Doce Vida, cuja história se desenrola quase que exclusivamente na capital italiana. Afinal, é quase impossível visitar a Fontana di Trevi sem se lembrar da clássica cena de Anita Ekberg banhando-se em suas águas.

Confesso que Fellini nunca foi um dos meus diretores prediletos. E La Nave Va (1983), uma de suas últimas obras, havia me deixado uma imagem de personagens caricatos e situações bizarras quando pensava no diretor italiano.

No entanto, a revisita a A Doce Vida, após talvez trinta anos após assisti-la pela primeira e única vez, tirou de mim essa imagem superficial. A dramaticidade existencial do filme derrubou de forma arrebatadora esse paradigma.

Afinal, com exceção de sua penúltima sequência, em que a bizarrice da festa é instrumento para criticar o decadente estilo de vida escolhido pelo protagonista, A Doce Vida é um drama com pinceladas de humor negro e irônico. E, que busca no realismo do retrato do cotidiano do personagem principal questões profundas sobre o sentido da vida. Aliás, o lirismo simbólico da cena final fecha em tom poético essa obra prima do cinema.

A trama

O filme retrata a vida descompromissada de Marcello (Marcello Mastroiani), um jornalista que convive com celebridades para conseguir matérias inéditas e se divertir. Na verdade, tendo esta última atividade como prioridade. Seu grande amigo é Paparazzo, fotógrafo que segue na mesma linha. Aliás, esse personagem ficou tão famoso que seu nome virou uma profissão.

Assim, vivenciamos com eles a chamada “dolce vita”, centrada na Via Veneto, avenida luxuosa e boêmia de Roma, nos anos 50. Contudo, Marcello começa a se questionar se essa vida faz realmente sentido e passa a ver suas estrepolias com olhar crítico. A doce e enigmática personagem (interpretada por Valeria Ciangottini), enquanto o atende em um restaurante de beira da praia, instiga em Marcello a dúvida sobre o significado de sua vida. Então, ele tomará sua decisão final sobre qual via seguir no segundo encontro com essa personagem.

Fellini conduz com mãos leves, mas precisas, as cenas de A Doce Vida. Dessa forma, mantém o espectador atento a todos os sentimentos do protagonista, magnificamente interpretado por Marcello Mastroiani. 


A Doce Vida (filme)
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