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A Noite do Jogo (filme)
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A Noite do Jogo

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

“A Noite do Jogo” procura mostrar uma trama com as reviravoltas mirabolantes de thrillers sérios como “Vidas em Jogo” (The Game, 1997), de David Fincher, e “O Jogo de Emoções” (House of Games, 1987), de David Mamet, com pegada de comédia maluca. Aqui, as surpresas do roteiro funcionam, mas não dá para rir muito com o filme.

Max (Jason Bateman) e Annie (Rachel McAdams) formam um casal viciado em jogos. Na verdade, foi a paixão por competição que os atraiu desde que se conheceram. Então, costumam reunir amigos para passarem a noite com jogos de tabuleiro. Mas, quando Brooks (Kyle Chandler), o bem-sucedido irmão de Max, chega à cidade, ele propõe à turma uma noite do jogo especial. Com essa intenção, contrata uma empresa que simula situações reais para criarem a emoção de um sequestro. Porém, Brooks está envolvido com negócios escusos de verdade, e bandidos o sequestram para valer. Max, Annie e seus amigos precisarão, então, resgatá-lo.

Trechos em destaque

Os diretores John Francis Daley e Jonathan Goldstein, dupla responsável por “Férias Frustadas” (Vacation, 2015), filmaram duas sequências de destaque em “A Noite do Jogo”. A abertura apresenta eficientemente a dupla de protagonistas. Em uma montagem de poucos minutos que começa com a palavra “morte” na testa de Max, fruto de um slide de um jogo em que participa em um bar, prenuncia o perigo que ele virá a correr durante o filme.

Logo em seguida, vemos uma sucessão de cenas onde acompanhamos a progressão do relacionamento dele com Annie, do namoro ao casamento. Então, a outra sequência de destaque está depois de uma hora e dez minutos de filme. E ela consiste em um plano sequência não tão longo, mas habilmente decupado. É uma frenética sucessão de ações que acompanham o valioso ovo de cerâmica sendo passado de mão em mão entre os personagens, enquanto os bandidos tentam pegá-lo. Isso obriga a câmera a acrobacias dignas de “Arizona Nunca Maia” (Raising Arizona, 1987).

Ação!

Apesar da experiência dos diretores em longa-metragem do gênero comédia, são as cenas de ação que funcionam melhor em “A Noite do Jogo”. Fica claro que Rachel McAdams não consegue ser muito engraçada, talvez a sua melhor fala seja aquela em que ela agradece quando um bandido não acredita que ela já tenha filhos por causa do seu corpão em forma. Kyle Chandler, que participa bastante, também é outro sem pegada cômica, tentando fazer a vez de “dead pan”, aquele humorista que esconde a emoção, como Bill Murray. Sobra para Jason Bateman (o comediante da série “Arrested Development”) salvar as piadas do roteiro. Sua melhor cena é aquela em que ele suja de sangue o cachorro e a sala do vizinho Gary (Jesse Plemons), que é o personagem mais engraçado do filme, uma caricatura bem construída de policial durão sensibilizado pelo divórcio pedido pela mulher.

Mesclar thriller com comédia não é tarefa fácil. Afinal, é complicado saber a dosagem certa de cada um desses gêneros antagônicos. De fato, “A Noite de Jogo” opta por pesar mais no thriller e acaba sendo pouco engraçado.


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