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Abracadabra (filme)
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Abracadabra

Avaliação:
6.5/10

6.5/10

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Crítica | Ficha técnica

Embora Abracadabra (Hocus Pocus) tenha fracassado em seu lançamento, o filme se tornou ícone do Halloween nos Estados Unidos. Por isso, todos os anos, o longa ganha reprises na época dessa comemoração. Mas, no Brasil não existe tal adoração, até porque por aqui a data só ganhou maior relevância nesse século. No entanto, analisando o filme em si, ele contém elementos que justificam sua boa reputação.

Para começar, a história prende o espectador. No prólogo, que acontece em Salém (a cidade das bruxas) em 1693, três irmãs que são bruxas conseguem rejuvenescer sacrificando uma criança. O irmão da vítima tenta salvá-la, mas acaba transformado em um gato com vida eterna. No fim, os moradores queimam as bruxas. Porém, 300 anos depois, na mesma cidade, um rapaz virgem acidentalmente as liberta, justamente na véspera do Halloween. Então, ele precisa roubar o livro de magias delas para impedir que elas se tornem imortais.

Aventura juvenil

A trama poderia render um filme de terror, mas Abracadabra prefere se se manter dentro do gênero fantasia juvenil. Os efeitos especiais são convincentes e, junto com a maquiagem e o figurino, transformam Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy em três bruxas horripilantes, mas ao mesmo tempo charmosas. Com isso, conseguem a proeza de serem assustadoras e engraçadas ao mesmo tempo. Do outro lado, o dos heróis, temos Max (Omri Katz, com trejeitos e vozes de Michael J. Fox), sua irmã Dani (Thora Birch) e sua amiga e crush Allison (Vinessa Shaw). Funciona bem essa mistura entre atrizes de renome com o jovem trio de iniciantes, pois configura devidamente a diferença entre forças entre os dois grupos antagônicos. O ritmo é alucinante, do tipo montanha-russa. Começa já com muita ação no prólogo em 1693, e segue assim até o final. Por isso, os personagens estão sempre em movimento. Além disso, em meio à correria, algumas intervenções cômicas garantem a diversão e a amenização da história com toques macabros.

Mas, por ser uma aventura juvenil, a ideia da virgindade está deslocada. Não cabe aqui nessa história, pois quais crianças entendem esse conceito? Certamente não o público-alvo de Abracadabra, de crianças de até 10 anos que ainda não entendem nada sobre sexo.

Começando por cima

O diretor Kenny Ortega, antes de Abracadabra, tinha feito apenas o musical Extra! Extra! (Newsies, 1992), da Disney – que hoje desperta a curiosidade, pois tem como protagonistas Christian Bale, Bill Pullman, Robert Duvall e Ann-Margret. Além disso, Ortega dirigira vários videoclipes. Essa experiência anterior se encaixou nos requisitos exigidos, ou seja, familiaridade com o ritmo de um musical (e mesmo uma sequência com Bette Midler cantando) e com o universo Disney. Deu certo, e o resultado é um filme que não deve nada (até nos seus problemas de antecipar a sexualidade que hoje parece mais evidente do que na época) a outros exemplares do gênero produzidos nas duas últimas décadas do século 20.

A Disney já está com a tardia sequência pronta para estrear nesse final de setembro.

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Ficha técnica:

Abracadabra | Hocus Pocus | 1993 | 96 min | EUA | Direção: Kenny Ortega | Roteiro: Neil Cuthbert, David Kirschner, Mick Garris | Elenco: Bette Midler, Sarah Jessica Parker, Kathy Najimy, Omri Katz, Thora Birch, Vinessa Shaw, Amanda Shepherd, Larry Bagby, Tobias Jelinek, Stephanie Faracy, Doug Jones.

Onde assistir:
Abracadabra (filme)
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