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Adeus, Idiotas (filme)
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Adeus, Idiotas

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Ator de dramas chocantes, como Irreversível (Irréversible, 2002), de Gaspar Noé, Albert Dupontel se aventura atrás das câmeras exclusivamente em comédias. Adeus, Idiotas (Adieu les cons, 2020) já é o sétimo longa que Dupontel dirige. E ele próprio atua como um dos protagonistas, ao lado de Virginie Efira, outra atriz com destacados papéis dramáticos – por exemplo, Um Amor Impossível (Un Amour Impossible, 2018), Sibyl (2019) e Benedetta (2021).

Adeus, Idiotas adota um humor maluco, revestido por um acabamento moderno que se apoia no visual. Assim, as apresentações iniciais dos dois protagonistas se encerram com suas resoluções desesperadas, que o filme revela com abordagem estilizada. Suze Trappet (Efira) está com uma doença terminal e decide conhecer o filho que teve aos quinze anos e que precisou entregar para doação logo após o parto. Enquanto isso, Jean-Baptiste (Dupontel) não consegue sua grande oportunidade profissional porque o consideram velho demais. Por uma eventualidade, os dois se encontram. E Jean-Baptiste ajudará Suze a buscar seu último desejo.

Un peu de Monty Python

O tipo de comédia de Adeus, Idiotas resvala no humor do grupo britânico Monty Python. Aliás, o filme é dedicado a Terry Jones, um de seus integrantes que faleceu em janeiro de 2020, e que atuara em dois filmes anteriores do diretor (Le Créatour, de 1999, e Enfermés dehors, de 2006). Além disso, outro Python, Terry Gilliam, faz uma ponta num anúncio que aparece neste filme. Apesar dessas ligações, Dupontel não ousa aqui ser tão nonsense nem tão anárquico. Porém, tem a coragem de colocar um personagem cego para guiar os protagonistas, bem como um médico com Alzheimer como a única pessoa que poderia se lembrar de quem adotou o bebê de Suzie.

O filme perde força na sua parte final, ao apelar para uma subtrama muito tolinha como chave para Suzie fazer as pazes com o seu passado. No caso, ajudar anonimamente seu filho a conquistar a garota por quem ele está apaixonado. Além de ser uma ideia desgastada de tanto ser usada, sua singeleza não combina com o tom ácido do estante da história. E, muito menos com a conclusão terrivelmente amarga.

No entanto, marcado por uma trilha sonora sóbria demais para as maluquices do roteiro, Adeus, Idiotas soa contido. Possui um começo forte, mas se acanha e perde sua energia ao longo da jornada de seus protagonistas.

Obs: O filme está no Festival Varilux de Cinema Francês, que acontece entre 25/11 e 8/12/2021.

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Ficha técnica:

Adeus, Idiotas | Adieu les Cons | 2020 | França | Direção: Albert Dupontel | Roteiro: Albert Dupontel, Marcia Romano, Xavier Nemo | Elenco: Virginie Efira, Albert Dupontel, Nicolas Marié, Jackie Berroyer, Philippe Uchan, Bastien Ughetto, Marilou Aussiloux.

Distribuição: Polifilmes / Mares Filmes.

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Trailer:
Onde assistir:
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