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Agnes Joy (filme)
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Agnes Joy

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Em Agnes Joy, seu segundo longa-metragem, a diretora Silja Hauksdóttir apresenta o drama de uma família em frangalhos. A filha única Agnes está se tornando adulta. Mas, ela se sente revoltada e perdida, pois sua mãe está sempre ausente por causa do trabalho. E Rannveig, além do problema de relacionamento com a filha, enfrenta a desmotivação no trabalho, juntamente com a falta de amor do marido. Eventualmente, o ator Hreinn se torna o novo vizinho dessa família. E desperta o desejo dessas duas mulheres.

Drama intimista

Apesar dessa trama novelesca, Agnes Joy assume a faceta de um drama intimista. Por isso, Rannveig deixa sua frustração acumular. Então, busca uma válvula de escape no sexo. Primeiro, se masturbando no escritório. Depois, transando com Hreinn. Mas, quando descobre a insensatez dessa súbita paixão, explode em atos raivosos.

Já Agnes age com a ingenuidade de sua idade. Após transar com Hreinn, logo pensa que ali nasce um relacionamento amoroso. Nesse ponto, o filme se mantém distante, numa posição racional que revela claramente que ela está se iludindo.

Katla M. Þorgeirsdóttir e Donna Cruz interpretam essas duas protagonistas com valentia. Afinal, suas emoções devem vir de dentro, pois não estamos diante de um romance hollywoodiano. Nesse sentido, constroem o melhor ingrediente do filme.

Apesar disso, suas atuações não conseguem esconder a fragilidade do roteiro para aprofundar esses personagens. Por exemplo, o filme não enfatiza que Rannveig sofre tanto em seu emprego. Como resultado, soa exagerada a cena grandiosa que a mostra saindo da empresa rumo à liberdade. Da mesma forma, não encontramos demonstrações de uma paixão arrebatadora de Agnes por Hreinn.

Em suma, Agnes Joy se torna um drama tão austero que, em alguns aspectos, acaba por esconder demais as emoções de seus personagens.

Esse filme foi indicado pela Islândia para a disputa do Oscar de Melhor Filme Internacional de 2021.


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