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Alguém Que Eu Costumava Conhecer (filme)
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Alguém Que Eu Costumava Conhecer

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Alison Brie carrega nas costas a comédia romântica Alguém Que Eu Costumava Conhecer (Somebody I Used to Know), segundo longa do seu marido Dave Franco. A atriz alterna papéis dramáticos (The Post, de 2017) e cômicos (GLOW, a série). Mas, aqui explora o lado romântico que mostrou em Um Amor na Itália (Spin Me Round, 2022).

No filme, Allison Brie é Ally, uma moça da pequena cidade de Leavenworth. Há dez anos, ela deixou tudo para trás para tentar uma carreira na indústria de Hollywood. Deu certo, e virou showrunner de um reality show. Mas ela se surpreende com a notícia de que o programa não terá uma nova temporada. Então, desiludida, retorna para a cidadezinha onde nasceu, e logo dá de caras com o ex-namorado Sean (Jay Ellis). A chama do passado se reacende para os dois, mas logo ela descobre que Sean está prestes a se casar. Apesar disso, Ally não desiste. E dá uma de Julie Roberts em O Casamento do Meu Melhor Amigo (My Best Friend’s Wedding, 1997), que é literalmente citado no filme. Ou seja, ela tenta sabotar o casamento.

Frescor

Embora não seja original, Alguém Que Eu Costumava Conhecer traz algumas ideias frescas. Começando pela inesperada nudez total de Allison Brie, o que não é comum em comédias românticas. Ademais, tem a inteligente forma de revelar que a protagonista se transforma durante o enredo. No papel de entrevistadora em seu programa, ela usa a técnica de aguardar em silêncio por dez segundos para que o entrevistado entregue suas fraquezas. Mas, na parte final, é ela que cai nesse truque e desaba diante da noiva. Aliás, outra fuga do lugar comum é mostrar que essa noiva, a atriz negra Kiersey Clemons, tem uma banda de punk rock (e não de funk, soul, rap e outros gêneros associados aos negros). Da mesma forma, quem faz muito sexo no filme não é Ally, mas a sua mãe, interpretada por Julie Hagerty, abrindo espaço para a sexualidade na terceira idade.

No entanto, o principal frescor está no tema. Desta vez, como sinal dos tempos, o roteiro apoia as duas pretendentes, que querem seguir seus sonhos, suas ambições, e crucifica o mocinho que quer que elas desistam de tudo se querem casar com ele. Parece óbvio analisando dessa forma, mas o enredo conduz de uma forma que nos fazia encarar isso de outro jeito – como muitas vezes acontece por causa dos resquícios da sociedade patriarcal.

Allison brilha

O que não funciona a contento são os personagens secundários engraçadinhos, que costumam existir nesse gênero. O pior é Haley Joel Osment, o garoto de O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999), quase caricato nas maluquices que faz, como irmão de Sean que quer contar piadas o tempo todo. Mas tem também Benny (Danny Pudi), o amigo que, embora seja a voz da sensatez, exagera nas caretas para soar cômico.

Enfim, resta ainda o brilho de Allison Brie, convincente como a moça bonita, inteligente, descolada, ambiciosa, mas que também tem seu lado frágil e inseguro. É sua atuação que coloca Alguém Que Eu Costumava Conhecer alguns pontos para cima da média.

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Ficha técnica:

Alguém Que Eu Costumava Conhecer | Somebody I Used to Know | 2023 | 106 min | EUA | Direção: Dave Franco | Roteiro: Dave Franco, Alison Brie | Elenco: Alison Brie, Jay Ellis, Kiersey Clemons, Danny Pudi, Olga Merediz, Haley Joel Osment, Julie Hagerty, Ayden Mayeri, Zoë Chao.

Distribuição: Prime Video.

Onde assistir:
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