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Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
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Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

Avaliação:
6.5/10

6.5/10

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Crítica | Ficha técnica

Antes de comentarmos sobre Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore (2022), vamos levantar alguns pontos sobre as duas primeiras prequels.

O primeiro spin off da franquia Harry Potter, Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam (2016) agradou até aqueles que desconheciam totalmente a obra de J.K. Rowling. Era um filme de aventura vigorosa, protagonizado por dois heróis cativantes, Newt (Eddie Remayne) e Tina (Katherine Waterston), e uma ideia para lá de criativa de uma mala com animais fantásticos dentro. Porém, no filme seguinte, Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald (2018), a trama intrincada tornava tudo difícil de acompanhar. Mas já dava para vislumbrar a preocupação da escritora Rowling de levantar temas atuais. Assim, revela-se a relação amorosa entre Albus Dumbledore (Jude Law) e Gellert Grindelwald (Johnny Depp).

Em Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore, essa relação é relembrada no prólogo. Mas o tema atual desse filme é outro, é a ascensão do neonazismo. E, embora a saída de Johnny Depp se deva às acusações de abuso da sua ex-esposa Amber Heard (que depois virou processo judicial com vitória de Depp), o impacto favoreceu essa nova abordagem política. Com isso, no lugar da usual interpretação caricata de Depp, entra um Grindewald assustador, vivido por Mads Mikkelsen. Essa mudança se encaixa perfeitamente na ambição desse personagem de dominar os trouxas (as pessoas sem poderes mágicos). Com discurso hitlerista, ele exalta o triunfo da raça superior dos bruxos. O filme cutuca a classe política que prefere o caminho mais fácil no lugar do caminho certo, quando o atual líder dos bruxos absolve os crimes de Grindewald e, assim, permite que ele participe das eleições para escolha do seu substituto.

Perdendo o fôlego

Tal como no filme anterior, a trama se estica demais, e a sua duração ultrapassa as duas horas. Aliás, é uma estratégia tosca dos blockbusters para ocupar as salas de cinema e não dar espaço para os outros filmes concorrentes. Embora a linha central da narrativa seja a de impedir que Grindewald assuma a liderança dos bruxos, várias subtramas interceptam esse caminho. Dessa forma, entram muitas referências que somente os expertos na franquia Harry Potter entenderão. A principal delas estampa o título, e se refere à origem do personagem Credence Barebone, novamente interpretado por Ezra Miller. Mas, vale dizer que, apesar da semelhança física, Credence não tem relação com o Professor Severus Snape.  

Desta vez, os antes protagonistas Newt e Tina perdem força. Tina nem participa dessa aventura, apenas surge no final, rapidamente. Já Newt divide as ações com os demais personagens principais. O ator Eddie Redmayne parece que sofreu o impacto dessa limagem e entrega uma interpretação bem desanimada, mais contemplativa do que ativa. Aliás, no elenco temos a pequena participação da brasileira Maria Fernanda Cândido, no papel da candidata Vivência Santos.

Enfim, esse é o terceiro filme da coleção Animais Fantásticos. Já parece perder o fôlego, mas faltam ainda mais dois capítulos dessa saga.


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