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As Sessões (filme)
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As Sessões

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Rotulado em algumas publicações como comédia, As Sessões é muito mais um drama. Apesar das frases bem humoradas do personagem principal Mark (John Hawkes) e do clima leve, a história, baseada em fatos reais, conta um pouco da vida de um homem de 38 anos, paralítico, que resolve experimentar o sexo pela primeira vez. Para isso, recorre a uma terapeuta sexual. Assim, ele se liberta para o amor.

Após as sessões do título, Mark supera o medo de ser tocado por uma mulher. Logo, aprende a sentir e controlar seu corpo. E, como se trata do trabalho de uma terapeuta e não de uma prostituta, livra-se do sentimento de pena de si mesmo e da raiva por seu estado, antes descontada em Deus.

Mark sempre buscou soluções na religião. Por isso, foi em conversas com o padre católico de sua igreja, vivido por William H. Macy, que ele ganhou incentivo e coragem para partir para a terapia.

Foco nos personagens

Dirigido de forma comedida pelo polonês Ben Lewin, As Sessões foca sempre nos personagens, que fogem à superficialidade habitual. Até personagens secundários, como o marido da terapeuta, são abordados de forma completa. Com isso, o filme fica mais próximo da vida real. Afinal, é preciso compreender o que sente um homem que aceita que sua esposa exerça essa profissão.

Helen Hunt, vivendo a terapeuta Cheryl, tem o papel mais difícil. Em atuação brilhante, exala a sensibilidade desta mulher que, inevitavelmente, se envolve emocionalmente com seu personagem. Então, sente as dores por não poder deixar esse envolvimento crescer. Mesmo nas cenas de nudez total, não deixa traço de vulgaridade. Helen Hunt concorreu ao Oscar por esse filme, mas não ganhou. Talvez o que tenha atrapalhado, e que realmente incomoda quem já a conhecia anteriormente, é o resultado da plástica que fez em seu rosto. As rugas naturais vestiriam muito confortavelmente esta personagem.

Porém, há um defeito no filme, provavelmente fruto dos cortes na edição. Mark tem um melhor amigo que aparece no filme sem mais nem menos, sem sabermos de quem se trata. Alguma cena anterior deve ter ficado no chão da sala do editor.


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