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Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
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Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

A missão de Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa é tão grande quanto o seu título. O seu estúdio, a Warner Brothers, precisa salvar a franquia que começou com o pé esquerdo com o fraquíssimo Esquadrão Suicida (2016). Então, para isso aposta na personagem mais interessante desse fracassado filme: Arlequina, novamente interpretada por Margot Robbie.

Além disso, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa acerta também ao apostar em uma dose generosa de comédia misturada a uma direção inventiva com narrativa não linear. O filme já surpreende por começar com uma sequência que conta a história da protagonista em desenho animado. Aliás, uma alternativa bem criativa e eficiente para mostrar as origens de um super-herói/vilão. Sem dúvidas, bem melhor do que dedicar metade do filme para isso.

Afinal, esse mundo fantasioso de pessoas com super poderes aceita sem restrições recurso gráficos e metalinguísticos em sua narrativa. Por exemplo, os dois filmes do Deadpool são produções recentes que testaram essa possibilidade. Aqui, a personagem principal narra o filme e explica sua história com humor e idas e vindas na linha do tempo, usando até um “rewind” antes de apresentar os fatos que resultaram na situação de uma cena no presente.

Mulheres no comando

Por outro lado, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa retoma o viés de gênero de Mulher-Maravilha (2017), também do universo da DC Comics, com uma personagem feminina e dirigida por uma mulher, Patty Jenkins. Assim, Arlequina é a protagonista, juntamente com uma turma de heroínas, Renee Montoya (Rosie Perez), A Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) e Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell). E a diretora é também uma mulher, Cathy Yan. No filme, as mulheres lutam com oponentes masculinos e aplicam uma boa surra neles.

Além do tom cômico, o filme se destaca pelas cenas de ação, a maior parte delas representada por combates corpo a corpo. Com isso, foge do padrão dos filmes de super-heróis que privilegiam os enfrentamentos repletos de efeitos visuais e com ritmo acelerado, com exagero de cortes que dificultam a compreensão do que está acontecendo. Aqui as lutas bem encenadas empolgam muito mais, principalmente quando protagonizadas pela enlouquecida Arlequina. Mas exagera um pouco no tom de violência na cena em que bandidos arrancam a pele dos rostos de seus inimigos.

O filme perde sua força quando começa o combate final, quando há uma quantidade enorme na quadrilha do vilão Roman Sionis (Ewan McGregor), e a luta corpo a corpo dá lugar a uma briga coletiva. E o frustrante duelo final, quando até o cenário destoa do restante do filme; acontece numa ponte enevoada com estátuas nas laterais que parece totalmente artificial.

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa cumpre sua missão. É bem superior a Esquadrão Suicida e consegue dar uma sobrevida à franquia.


 
 
Ficha técnica:

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Birds of Prey: And the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn, 2020) EUA. 109 min. Direção: Cathy Yan. Roteiro: Christina Hodson. Elenco: Margot Robbie, Rosie Perez, Mary Elizabeth Winstead, Jurnee Smollett-Bell, Ewan McGregor, Ella Jay Basco, Chris Messina, Ali Wong.

Warner Bros.

Trailer:
Onde assistir:
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
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