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Belo Desastre (filme)
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Belo Desastre

Avaliação:
6,5/10

6,5/10

Crítica | Ficha técnica

A comédia romântica Belo Desastre (Beautiful Disaster) trabalha o clichê da aposta que desperta o amor.

Depois de várias investidas frustradas, Travis Maddox (Dylan Sprouse) lança um desafio para Abby (Virginia Gardner). Campeão das lutas clandestinas na universidade onde estudam, Travis sugere que, se o adversário do próximo combate não acertar nenhum golpe nele, ele, que é mulherengo, não fará sexo por três meses. Porém, se conseguir a façanha, então Abby terá que morar com ele durante 30 dias.

Travis ganha a aposta, e o filme acompanha as faíscas, tanto de atração quanto de repulsa, que surgem entre os dois. Aos poucos, a química começa a agir, inclusive entre os atores. Mesmo assim, demora para que consumam o desejo que sentem um pelo outro.

Mas, chama a atenção a concentração maior na comédia, deixando o romance em segundo plano. E um humor que coloca os dois protagonistas na posição de trapalhões, até na hora de fazerem sexo. Além disso, as piadas sujas ganham bastante espaço no filme, como quando, sonhando, Abby começa a masturbar Travis que dorme ao seu lado. Essas duas características, a comédia das trapalhadas e maliciosas têm sido uma tendência nos últimos anos, como já foi nos anos 1990. Como exemplo, temos o recente bom filme Todos Menos Você (Anyone But You, 2023). Essa mudança é salutar para o cinema estadunidense, pois mostra que está saindo do marasmo do bom comportamento.

Consistência

Belo Desastre conta com protagonistas singulares e consistentes. Abby está longe de ser uma moça dependente. Pelo contrário, seu pai, viciado em jogos, a usava desde criança para ganhar nos cassinos, aproveitando-se do talento natural dela para as cartas. Agora, foge para longe de Las Vegas, com a intenção de focar nos estudos universitários. Enquanto isso, Travis perdeu a mãe cedo, e foi criado num lar só com homens, seu pai e seus quatro irmãos. Por isso, se tornou machista e grosseiro, e se encontrou nas lutas clandestinas. Ou seja, faz todo o sentido que esses dois jovens, embora atraídos um pelo outro, se choquem o tempo todo.

Da mesma forma, o filme justifica o desvio para a movimentada parte final em Las Vegas. Seria forçada, na verdade, não fosse o fato de aproveitar as características distintas do par central. Abby, por exemplo, precisa retomar sua habilidade no pôquer para livrar o seu pai dos cobradores de dívida. E Travis pode lutar de verdade a fim de salvar sua amada desses malfeitores. Aliás, as cenas de luta estão filmadas com competência, acima do que se esperaria em um filme romântico.

O diretor de Belo Desastre, Roger Kumble, já está no mercado há tempos. E estreou muito bem, no picante Segundas Intenções (Cruel Intentions, 1999). Mas, não conseguiu emplacar sua carreira no cinema. Acabou se concentrando na direção de episódios de séries. Está agora tentando um retorno aos longas na comédia romântica. Fez Amor em Obras (Falling Inn Love, 2019) e After: Depois da Verdade (After We Collided, 2020), com Dylan Sprouse. E, agora, Belo Desastre, o melhor deste trio.

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Ficha técnica:

Belo Desastre | Beautiful Disaster | 2023 | 95 min | EUA | Direção: Roger Cumble | Roteiro: Roger Cumble, Jamie McGuire | Elenco: Dylan Sprouse, Virginia Gardner, Autumn Reeser, Libe Barer, Michael Cudlitz, Brian Austin Green.

Distribuição: Diamond Films / Galeria Filmes.

Trailer:
Beautiful Disaster
Onde assistir:
Cena do filme "Belo Desastre"
Cena do filme "Belo Desastre"
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