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Bombshell : A História de Hedy Lamarr (filme)
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Bombshell: A História de Hedy Lamarr

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

O documentário Bombshell: A História de Hedy Lamarr se propõe a revelar ao mundo a faceta de inventora da famosa atriz. Como filme comprova, Hedy Lamarr inventou uma tecnologia que permitiu termos hoje o Wifi e o Bluetooth. Em outras palavras, criou um sistema de comunicação secreta, que ela queria usar para guiar torpedos com saltos de frequências.

Mas há um tom amargo em todos os aspectos da vida de Hedy Lamarr. O reconhecimento por essa invenção, por exemplo, veio tardio, e ela nunca foi financeiramente recompensada por isso. Inventora nata, ela teve outras várias ideias, como a sugestão que fez a Howard Hughes para usar asas curvilíneas nos aviões. Nesse aspecto, o filme poderia apresentar mais dessas invenções criativas, até para ilustrar sua genialidade. Porém, segundo o relato, a beleza fora do comum foi um obstáculo para a credibilidade de Lamarr como inventora.

No cinema e na vida

O documentário, por outro lado, não deixa de passar pela carreira artística de Hedy Lamarr. Para isso, a beleza abriu as portas desde cedo, quando ainda morava na Áustria onde nasceu. Entre outros filmes menores, fez um que se tornou polêmico e marcou sua trajetória: Êxtase (Ekstase, 1933), do qual vemos as cenas de nudez e de orgasmo que chocaram a sociedade. Ainda marcada por esse escândalo, viajou para os Estados Unidos sozinha para trabalhar para Louis B. Mayer. Estreou em Hollywood com Argélia (Algiers, 1938), que foi um grande sucesso.

Mas a forte personalidade de Lamarr não cabia no sistema de estúdio. Papéis ridículos, como o de Tandelayo em Demônio do Congo (White Cargo, 1942), a fizeram tomar a pioneira atitude de produzir seu próprio filme, começando com Flor do Mal (The Strange Woman, 1946). No entanto, Lamarr não era uma boa administradora, e faliu com Loves of Three Queens (L’amante di Paride, 1954), que ela produziu na Itália. A carreira de atriz tampouco lhe deu prestígio, nunca recebendo elogios por suas atuações.

Na vida amorosa, Hedy Lamarr também não teve muito sucesso. Casou-se seis vezes e, como afirma o seu filho Anthony Loder, ela nunca teve o marido que merecia. Precisou até planejar a sua própria fuga para escapar do primeiro cônjuge, um industrial que fornecia armas para o exército de Adolf Hitler.

O documentário

Construído a partir de fitas consideradas perdidas com uma entrevista exclusiva que Hedy Lamarr concedeu ao jornalista Fleming Weeks em 1990, aos 76 anos, Bombshell: A História de Hedy Lamarr se compõe de imagens que ilustram o que está na narrativa. Na maior parte das vezes, são extratos de várias fontes (arquivos de noticiários, trechos de filmes etc.) contextualizados através da montagem. Esse formato, usual para documentários, traz fluidez, mas também dá uma sensação de apropriação forçada. Além disso, recorre também a depoimentos feitos exclusivamente para o filme.

O tom do filme parece um tanto amargo, porque Hedy Lamarr nunca foi plenamente reconhecida em nenhum aspecto, como atriz, como inventora, como mulher. Mas o encerramento quebra essa negatividade, com a declaração de Lamarr que diz, em suma, que mesmo assim valeu a pena ter se aventurado em todos esses aspectos.

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Ficha técnica:

Bombshell: A História de Hedy Lamarr | Bombshell: The Hedy Lamarr Story | 2017 | Estado Unidos | 98 min | Direção e roteiro: Alexandra Dean | Com Hedy Lamarr, Mel Brooks, Jennifer Hom, Anthony Loder, Wendy Colton, Fleming Meeks, Richard Rhodes, Jan-Christopher Horak, Jeanine Basinger, Peter Bogdanovich, Anne Helen Petersen, Diane Kruger.

Onde assistir:
Bombshell : A História de Hedy Lamarr (filme)
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