Poster de "Bridget Jones: Louca pelo Garoto"
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Bridget Jones: Louca pelo Garoto

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Fruto dos livros de Helen Fielding, a personagem Bridget Jones ganha o seu quarto filme, chamado Bridget Jones: Louca Pelo Garoto, depois de um hiato de nove anos. Menos tempo, portanto, do que o intervalo de doze anos entre o segundo e o terceiro filmes. Novamente interpretada por Renée Zellweger, Bridget Jones perdeu o marido Mark Darcy (Colin Firth) há quatro anos, mas ainda não superou o luto. Por isso, sua vida está um caos. Sem trabalhar, ela tenta, sem muito sucesso, ser uma boa mãe para seus dois filhos pequenos, Billy e Mila. Em meio aos mais variados conselhos dos amigos, ela pode contar com o apoio do agora seu melhor amigo Daniel Cleaver (Hugh Grant, ótimo), e com a confiança da sua ginecologista Dr. Rawlings (Emma Thompson, também muito bem).

Além desses personagens que retornam à franquia, interpretados pelos mesmos atores, dois outros entram na vida de Bridget. Um deles é Roxster (Leo Woodall), um bonitão de apenas 29 anos com quem ela inicia um relacionamento e surpreende seu círculo de amigos. O outro é o Sr. Wallaker (Chiwetel Ejiofor), professor de Ciências do seu filho pré-adolescente.

Comédia, romance e drama

Como não poderia ser diferente, Bridget Jones: Louca Pelo Garoto mantém o tom de comédia romântica com pitadas de drama. Mas, desta vez, o drama funciona melhor. O filme adota um ritmo acelerado (demais) para tentar fazer o público rir da atual situação desastrosa da protagonista. Com isso, Renée Zellweger cai no caricato, prejudicada pelo fato de sua personagem não ser mais a romântica ingênua dos primeiros filmes. Só fica engraçada quando se solta para o pastelão, sem medo de manchar a sua imagem ou a do personagem. Nesse sentido, o trecho verdadeiramente hilário é aquele em que ela tem uma relação alérgica a um botox, numa ótima interpretação da atriz.

Mas Zellweger atua melhor na chave dramática. Até mesmo no romance ela se sai melhor, quando o filme finalmente dá uma pausa na aceleração para mostrar o silencioso início do relacionamento entre ela e Roxster (não a cena do sexo, mas a da conversa que leva ao beijo). De qualquer forma, a emoção maior surge nos momentos de luto, quando ela se lembra de Darcy e o vê ali perto dela, olhando para a sua família. São instantes de ternura, e principalmente tocantes porque o filho Billy também precisa superar o luto.

A direção

O diretor Michael Morris conseguiu uma indicação ao Oscar de melhor atriz para Andrea Riseborough no filme de estreia dele, A Sorte Grande (To Leslie, 2022). Agora, neste seu segundo longa, Morris vai além das interpretações e capricha nos enquadramentos. Um deles é particularmente marcante: mostra Bridget e os dois filhos de longe, no lado esquerdo da tela, soltando três balões que voam para o céu, flutuando pelo vasto espaço na tela à direita deles. Esse gesto marca a comemoração do aniversário de Darcy, que parece estar ali nesse espaço – ou em todo lugar, como diz o Sr. Wallaker para Billy.

Menos engraçado e romântico que os filmes anteriores, Bridget Jones: Louca Pelo Garoto vale pela sensibilidade do drama da superação do luto.

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Ficha técnica:

Bridget Jones: Louca pelo Garoto | Bridget Jones: Mad About the Boy | 2025 | 124 min. | Reino Unido, França, EUA | Direção: Michael Morris | Roteiro: Helen Fielding, Dan Mazer, Abi Morgan | Elenco: Renée Zellweger, Chiwetel Ejiofor, Leo Woodall, Mila Jankovic, Casper Knopf, Elena Rivers, Hugh Grant, Colin Firth, Neil Edmond, Sally Phillips, Emma Thompson, Gemma Jones.

Distribuição: Universal Pictures.

Trailer:

Onde assistir:
Chiwetel Ejiofor e Renée Zellweger em "Bridget Jones: Louca pelo Garoto"
Chiwetel Ejiofor e Renée Zellweger em "Bridget Jones: Louca pelo Garoto"
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