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Carga Preciosa (filme)
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Carga Preciosa

Avaliação:
4/10

4/10

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Crítica | Ficha técnica

Nos últimos anos, Bruce Willis tem feito filmes a rodo, quase sempre em papeis pequenos.  Para você ter uma ideia, Carga Preciosa (Precious Cargo) é apenas um dos três que ele lançou em 2016. É compreensível que o requisitem muito, pois sua fama ajuda as produções menores a levantarem o financiamento que necessitam. Mas, a maioria dessas produções B não merece muita atenção, como é o caso deste filme.

A maior ambição de Carga Preciosa é apresentar uma trama surpreendente, com um plano de roubo bilionário que tenha revelações surpreendentes. Porém, o resultado fica longe disso. Aliás, a ideia de um golpe tão portentoso soa sempre incompatível com o porte dos personagens que pleiteiam essa façanha. O próprio Bruce Willis parece desconfortável como o chefão de uma quadrilha de ladrões especializados. Seu vilão, Eddie Pilosa, precisa da ajuda da vigarista Karen (Claire Forlani) para por as mãos em diamantes que estão em posse da CIA. Contudo, Karen está apaixonada com um trambiqueiro de menor porte, Jack (Mark-Paul Gosselaar), e dá um jeito de forçá-lo a trapacear Eddie.

Um dos problemas do filme é que nenhum desses três personagens possuem o tamanho que precisam ter. Bruce Willis não convence como o vilão letal que pretende ser. E os atores Claire Forlani e Mark-Paul Gosselaar são fracos demais para serem os charmosos bandidos por quem deveríamos torcer.

Direção e roteiro

Em sua estreia na direção de longas, Max Adams pisa na bola logo na primeira parte do filme. Para começar, usa um slow motion que deixa evidente que a explosão na casa de Jack não saiu tão forte como a produção planejava. Em seguida, a cena de perseguição com lanchas e jet skis lembra os seriados dos anos 1980, nos quais os personagens trocam muitos tiros, mas ninguém morre. No filme, até morrem, mas até isso acontecer, o espectador já desanimou.

Um outro ponto fraco de Carga Preciosa é o roteiro. Primeiro, porque não acreditamos no romance entre Jack e Karen, esta uma femme fatale frágil por estar ela apaixonada e não o inverso. Além disso, o roteiro parece preguiçoso ao não apresentar todas as explicações sobre o que acontece na história. Por exemplo, como o capanga de Jack, o assassino Simon (Daniel Bernhardt), conseguiu sair ileso do avião que explodiu?

Aliás, Simon e Logan (Jenna B. Kelly), dois personagens coadjuvantes, são o que o filme traz de melhor. O primeiro é um assassino frio e letal, aquele que realmente provoca temor nos demais personagens (e não o Eddie de Bruce Willis). E Logan é a melhor amiga de Jack, visivelmente apaixonada por ele, mas que o nosso herói ignora – se liga, Jack! Exímia atiradora de longa distância, ela ainda salva o seu amado várias vezes. Curiosamente, a atriz Jenna B. Kelly, que também é modelo profissional, realizou apenas três filmes, todos com Bruce Willis. Além deste, ela esteve em Operação Resgate (Extraction, 2015) e Atos de Violência (Acts of Violence, 2018).

Melhor ver um episódio da série dos anos 1980 Miami Vice.


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