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Cherry - Inocência Perdida (filme)
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Cherry – Inocência Perdida

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

Cherry – Inocência Perdida reúne os diretores Anthony Russo e Joe Russo e o ator Tom Holland. Mas, no filme não há uma fantástica jornada de super-herói, e sim um mergulho acelerado na trágica decadência de um jovem americano.

O apelido desse rapaz é Cherry, interpretado por Tom Holland, que enfrenta o desafio de mostrar que tem potencial de ser mais do que a atrapalhada nova versão do Homem-Aranha. A saga de Cherry começa em 2002, quando ele estuda numa faculdade em Nova York. Lá, ele conhece Emily (Ciara Bravo), que será o amor da sua vida.

No momento em que ela ameaça se mudar para o Canadá, Cherry se desespera. E, precipitadamente, se alista no exército. Durante o treinamento militar, ele acha que tudo parece uma brincadeira. Mas, ele vai para a guerra, e volta de lá traumatizado. Logo, isso leva ao vício das drogas. E, depois, ao crime.

Queda alucinante

Anthony e Joe Russo optam pela estruturação da estória em várias partes. E, isso contribui para tornar o ritmo do filme alucinante. Com o mesmo intuito, Cherry – Inocência Perdida apresenta uma variada gama de recursos, que vão desde o congelamento da imagem, até o formato de tela diferente (durante o treinamento no exército), bem como o uso de reflexos no espelho. Reparem, também, no capricho da câmera lenta com música operística selando o destino do protagonista.

Além disso, essa descida sem freios até o fundo do poço comunica ao espectador que a queda do personagem, uma vez iniciada, é impossível de parar. E o filme conduz o público a crer nessa hipótese, principalmente porque o personagem Cherry confidencia seus pensamentos olhando diretamente para a câmera.

Tom Holland assume todas as fases dessa tragédia. E ele consegue atingir o espectador em seu âmago. De fato, é doloroso vê-lo totalmente acabado pelo uso da heroína. Nesse sentido, isso prova que a sua escolha para o papel é acertada, porque essa imagem contrasta com a ideia que já temos do ator como o divertido super-herói aracnídeo.

Apesar de todo o sofrimento exposto na tela, o filme tem seu lado cômico. Em parte, sutilmente, pelos exageros que colocam os protagonistas em situações extremas, e até absurdas. Mas, também, descaradamente, em alguns detalhes. Por exemplo, nos nomes dos bancos que Cherry assalta (Shitty Bank, Bank Fucks etc.).

Dessa forma, Cherry – Inocência Perdida opõe seu visual rico e variado, com a tristemente dolorosa epopeia do seu protagonista. Como resultado, a experiência é delirante.

Obs: assistimos ao filme numa sessão de screening virtual da THR.


Cherry - Inocência Perdida (filme)
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