Pesquisar
Close this search box.
Poster de "Como Vender a Lua"
[seo_header]
[seo_footer]

Como Vender a Lua

Avaliação:
4/10

4/10

Crítica | Ficha técnica

A proposta de Como Vender a Lua (Fly Me to the Moon) é fazer graça com a absurda teoria da conspiração que alega que o homem nunca pisou na lua. Para isso, acrescenta um nível de disparate: o governo americano filma um pouso encenado do Apolo 11 na lua para o caso de a missão não dar certo. Afinal, vale tudo para vencer a corrida espacial contra a União Soviética.

Mas o filme soa como uma grande tolice. A partir dessa premissa falsa, todo o resto se torna falso. Essa sensação surge logo na apresentação da protagonista Kelly Jones (Scarlett Johansson), uma marketeira astuta que tenta vender uma campanha de propaganda para potenciais clientes da indústria automobilística, usando táticas desonestas. Mesmo com essas práticas e uma ficha suja, o agente do governo dos Estados Unidos Moe Berkus (Woody Harrelson) confia nela para implantar o sigiloso plano de divulgar uma nova imagem pública da NASA, o que levará à sugestão do filme falso sobre o pouso na lua.

Com obstáculo para o plano de Berkus e para a execução de Jones está o diretor de lançamento da NASA, Cole Davis, interpretado por Channing Tatum, mal escalado para esse personagem caxias e dedicado ao trabalho que não se interessa por mulheres, até se encantar por Jones. Davis não quer perder o seu foco, pois se sente responsável pelo desastre da missão do Apollo 1. Então, fazer marketing para a NASA parece para ele um despropósito. Mas, ele muda de opinião quando Jones ajuda a conseguir apoio político para o lançamento do Apollo 11.

Para patriotas

Nesse filme longo demais, a primeira hora inteira se dedica a esse enfadonho embate entre Davis e Jones, enquanto nasce um tímido relacionamento entre os dois. Como Vender a Lua melhor um pouco quando Berkus propõe a Jones que filme o pouso encenado. A entrada no universo do absurdo abre algumas portas para a comédia sem amarras, principalmente nos ensaios da filmagem. E um pouquinho de suspense na parte final sobre qual versão irá para o ar ao vivo nas televisões. Se muito, valem as montagens espertas do diretor Greg Berlanti, principalmente com as telas divididas.

Mas o filme se perde em bobeiras como a insistência da piada com o gato preto – todas previsíveis, inclusive a sua aparição no plano de encerramento. E outras como as camisetas coloridas que Tatum veste ao longo da história. Além disso, fica nítida o apelo patriota para agradar a certa parcela do público estadunidense. Nesse quesito, são evidências a música engrandecedora na entrada em cena dos astronautas do Apollo 11 (considerados hoje heróis nacionais), e a homenagem aos que morreram no Apollo 1. Se muito, Como Vender a Lua pode agradar a esses espectadores específicos.

Em suma, o filme é uma grande tolice, tudo soa falso, desde a premissa supostamente engraçada, passando pela confiança do governo na personagem vigarista de Scarlett Johansson, até a escalação errada de Channing Tatum como um dedicado diretor da NASA, entre outros pontos.

___________________________________________

Ficha técnica:

Como Vender a Lua | Fly Me to the Moon | 2024 | 132 min | EUA, Reino Unido | Direção: Greg Berlanti | Roteiro: Rose Gilroy | Elenco: Scarlett Johansson, Channing Tatum, Woody Harrelson, Ray Romano, Jim Rash, Anna Garcia.

Distribuição: Sony Pictures.

Trailer:

Onde assistir:
Cena do filme "Como Vender a Lua"
Cena do filme "Como Vender a Lua"
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo