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DEIXE SPIKE LEE ATIVAR SUA CONSCIÊNCIA NEGRA

Spike Lee (cineasta)

Desde Faça a Coisa Certa (1989), seu primeiro sucesso, o diretor Spike Lee coloca o preconceito racial como tema de seus filmes. Em seu mais recente longa-metragem, Infiltrado na Klan (2018), vencedor do Oscar de melhor roteiro original, Lee foi criticado por pegar leve demais no tema.

Pois se você prefere Spike Lee mais contundente em relação ao assunto racial, assista a dois filmes disponíveis via streaming: Rodney King (2017) e Pass Over (2018).

Rodney King

Rodney King

é uma produção da Netflix, dirigida por Spike Lee, que filma com dez câmeras a performance ao vivo de Roger Guenveur Smith, ator que Lee conhece há tempos, tendo o dirigido em Faça a Coisa Certa. O filme capta o monólogo escrito por Smith em homenagem a Rodney King, um afro-americano que foi espancado violentamente em uma batida policial em 3 de março de 1991. A absolvição dos agressores foi o estopim para uma das mais violentas manifestações na história da Califórnia.

A interpretação de Roger Guenveur Smith é hipnótica. Sua atuação performática absorve o espectador que acompanha seu estado perto de um transe. Ele consegue isso ao optar por recitar o seu poema cantando, sentindo cada palavra que sai de sua boca.

Pass Over

Pass Over

é uma produção da Amazon Studios, dirigida por Spike Lee e Danya Taymor, que filmam a peça de teatro escrita por Antoinette Nwandu, livremente baseada em “Esperando Godot”, de Samuel Beckett. Moses (Jon Michael Hill) e Kitch (Julian Parker) são dois jovens negros que conversam na rua, provocando um ao outro e discutindo o que seria a lista de desejos de cada um. Entra um novo personagem, um rapaz branco com uma cesta cheia de comida, que oferece aos dois amigos. Quando o homem pede para ser chamado de senhorio, os outros reagem.

Depois, entra um policial que abusa da autoridade e intimida os rapazes. Moses e Kitch querem ser tratados sem discriminação, mas não entendem como podem fazer algo para mudar isso. Tentam mudar o jeito que falam, mas isso não resolve.

Pass Over representa a evolução dessa relação social, que apresentou alguns progressos ao longo dos anos, mas que parece atualmente passar por um retrocesso, como mostra o trágico final. Spike Lee e Danya Taymor aproveitam a apresentação ao vivo para captar a reação individual de alguns espectadores na plateia, formada majoritariamente por afro-americanos.

Rodney King e Pass Over são uma boa dica que vem de Spike Lee para se assistir no dia 20 de novembro, dia nacional da consciência negra.

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