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DESERTO PARTICULAR representará o Brasil no Oscar

Deserto Particular (filme)

A Academia Brasileira de Cinema escolheu Deserto Particular, do diretor Aly Muritiba, para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme internacional no Oscar de 2022. Premiado no Festival de Veneza deste ano, com o prêmio do público da Mostra Venice Days, o longa fará sua estreia brasileira na 45a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que começa na próxima semana. Em 25 de novembro, chega aos cinemas de todo o país. Leia a crítica do filme aqui.

Aly Muritiba confessa: “Estou me sentindo extremamente feliz e honrado de ter o meu filme escolhido para representar o Brasil na corrida do Oscar em 2022. Deserto Particular é um filme de amor, feito num país conflagrado, dividido, que vem sendo regido sob o discurso do ódio. Então, ter, nesse contexto, nesse momento histórico, um filme de amor como o escolhido para representar nosso país, é uma bela mensagem, um belo sinal que os representantes da Academia Brasileira de Cinema enviam. Um recado de crença no cinema, e de crença no poder transformador do amor, da tolerância, do encontro.”

“Fico muito feliz de ter essa responsabilidade, de levar pra os membros da academia norte-americana de cinema uma outra visão, uma visão distinta de Brasil. Um Brasil mais tolerante, amável. Um Brasil que está muito mais disposto ao encontro, ao sorriso e ao prazer do que à disputa, à guerra, à raiva e ao ódio”, comemora Muritiba.

Um filme de encontros

O longa é protagonizado por Antonio Saboia, como Daniel, um policial afastado do trabalho depois de cometer um erro. Ele mora em Curitiba, com um pai doente, de quem cuida com devoção. Taciturno, Daniel fala pouco, e sorri menos ainda. Seu único motivo de alegria é a misteriosa Sara, uma moça que mora no sertão da Bahia, e com quem se corresponde por aplicativo de celular. O desaparecimento súbito de Sara faz com que Daniel resolva cruzar o país em busca de seu amor.

Deserto Particular é um filme de encontros. Desde 2016, com o golpe que tirou do poder uma presidenta democraticamente eleita, minha geração, formada depois da ditadura militar, enfrenta o momento mais dramático de sua existência. O país afundou numa espiral de ódio que culminou com a eleição de um fascista como presidente. Depois da eleição de Jair Bolsonaro, todas as minorias, mulheres, indígenas, a comunidade LGBTQIA+, negros, entre outros, passaram a ser sistematicamente perseguidas, e o país se dividiu entre o sul conservador e o norte e nordeste progressista. Essa época de ódio me motivou quando decidi sobre o que seria meu próximo filme. Faria uma obra sobre encontros. Nesse momento de ódio, resolvi fazer um filme sobre o amor”, explica o cineasta.

Deserto Particular será lançado no Brasil pela distribuidora Pandora.

Sobre Aly Muritiba

Aly Muritiba é diretor, roteirista, produtor e montador, tendo em seu currículo ficções e documentários. Seus filmes já conquistaram mais de 200 prêmios em festivais de cinema, e foram exibidos em festivais como por Sundance (Ferrugem, 2018), Veneza (Tarântula, 2015), San Sebastian (Para minha amada morta, 2015, e Ferrugem, 2018) e Semana da Crítica em Cannes (Pátio, 2013). Em Gramado, Ferrugem conquistou os prêmios de Melhor Filme e Roteiro (co-escrito com Jessica Candal). No mesmo festival, em 2021, seu longa Jesus Kid foi exibido em competição.

Para canais de TV e streaming, Muritiba dirigiu temporadas das séries O Hipnotizador (HBO), Carcereiros (Globo), Irmãos Freitas (HBO MAX), Irmandade (Netflix) e O Caso Evandro (GloboPlay).

Sinopse

Daniel é um policial exemplar, mas acaba cometendo um erro que coloca em risco sua carreira e rua honra. Quando nada mais parece o prender a Curitiba, ele parte em busca de Sara, uma mulher com quem se relaciona virtualmente.

Ficha Técnica

Direção: Aly Muritiba

Roteiro: Aly Muritiba, Henrique dos Santos

Produção:  Antonio Gonçalves Júnior, Luís Galvão Telles

Produtoras: Garfo, Fado Filmes

Elenco: Antonio Saboia, Pedro Fasanaro, Thomas Aquino

Direção de Fotografia: Luis Armando Artega

Direção de arte: Fabíola Bonofliglio, Marcos Pedroso

Figurino: Isabella Brasileiro

Montagem: Patrícia Saramago

Som Direto: Marcos Mana

Diretor de Produção: Max Leen, Thamires Vieira

Produção Executiva: Chris Spode, Raiane Rodrigues

Gênero: drama

País: Brasil, Portugal

Ano: 2021

Duração: 120 min.

Trailer:

(fonte: divulgação)

Onde assistir:

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