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Doutor Estranho (filme)
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Doutor Estranho

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Doutor Estranho encara o desafio de levar para as telas o super-herói místico criado por Stan Lee e Steve Ditko.

A tarefa é difícil, porque o personagem não usa a força bruta para vencer suas lutas, e sim sua magia. E, em uma batalha de feitiços, não se torna óbvia a oportunidade de colocar ação suficiente para o espectador se envolver. A solução escolhida foi repetir um efeito que já foi visto nos cinemas, que são prédios e ruas sendo dobradas como papel. De tal forma que quebra as leis da física para caracterizar a outra dimensão, a realidade paralela, como em A Origem (2010), de Christopher Nolan.

Esse efeito divide opiniões. Há os que mergulham com tudo nesses passeios viajantes. Mas, há outros que detestam porque isso derruba todos os conceitos físicos conhecidos. Além disso, impede que se acompanhe devidamente o que se passa na tela, deixando o espectador perdido. Como o filme de Nolan foi bem recebido por público e crítica, justifica-se tê-lo como referência. Grave mesmo parece a opção por visitar aquele universo com seres do mal com poderes de divindade. Ou seja, como os Guardiões do Universo que ajudaram a fracassar o longa-metragem Lanterna Verde (2011), com Ryan Reynolds.  Em situação similar, o Doutor Estranho enfrenta Dormammu, o poderoso ser da Dimensão Escura, gigantesco e que pode destruir o super-herói facilmente.

Melhor como pessoa

Encontramos o melhor de Doutor Estranho na transformação do personagem Stephen Strange não no super-herói, mas essencialmente em uma pessoa melhor. E, contar com um ator excepcional como Benedict Cumberbatch é fundamental para isso. No começo do filme, Strange é um dos melhores neurocirurgiões que existem. Porém, isso o torna um milionário arrogante, convencido e insensível, que trata com frieza a amorosa colega também cirurgiã Christine Palmer (Rachel McAdams). Em um acidente de carro, provocado por ele mesmo ao dirigir imprudentemente em alta velocidade, danifica as mãos de Strange, que então não pode mais operar.

A última esperança é seguir para o Nepal em busca do Mago Supremo que poderá ajudá-lo a reconquistar suas habilidades. Porém, ele aprende que esse processo depende de ele se tornar uma pessoa diferente, menos egoísta. A jornada do herói, aqui, funciona com perfeição, principalmente porque o ator Benedict Cumberbatch possui a persona ideal para o papel do Doutor Estranho. Em outras palavras, classudo, inteligente, excêntrico.

Por fim, fãs do universo Marvel devem esperar as cenas extras dos créditos finais, que relacionam esse filme com o posterior Vingadores: Guerra Infinita (2018).

Em suma, gostar ou não de Doutor Estanho depende das preferências do espectador em relação a cenas de ação movimentadas (poucas) e a sua predisposição por aceitar que a estória tome o rumo de uma dimensão astral. Assim, se você curte as aventuras do Thor em sua terra mitológica ou os combates contra o vilão Thanos, provavelmente você curtirá as viagens de Doutor Estranho.


Doutor Estranho (filme)
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