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Entre Idas e Vindas (filme)
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Entre Idas e Vindas

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

“Entre Idas e Vindas” contradiz a ideia de liberdade que um road movie costuma carregar. Na verdade, talvez esse fosse o objetivo das quatro amigas de call center que resolvem viajar juntas em um trailer pelo litoral. Mas, o roteiro do filme nega às suas personagens qualquer transgressão a um roteiro baseado em fórmulas de sucesso de bilheteria.

“Thelma & Louise” (1991), quem sabe, pode ter sido uma remota inspiração para essa história, mas parece ter sido deixada de lado logo quando o furgão partiu. A viagem seria uma despedida de solteira para Sandra (Alice Braga) se ela não tivesse descoberto que o seu noivo a traiu, colocando o casamento em risco. A jornada ganharia com isso uma oportunidade para um pouco de libertinagem para as quatro moças solteiras. Porém, isso passa longe das intenções dessas amigas já perto ou com mais de trinta anos que se comportam como adolescentes.

Na estrada, resolvem ajudar Afonso (Fábio Assunção) e seu filho, o menino Benedito (João Assunção, filho de Fábio), quando os encontram com o carro quebrado. Decidem dar-lhes carona, com a segunda intenção de desencalhar a mais velha da turma, que é a supervisora Amanda (Ingrid Guimarães). Esse plano parece vingar, até que ela flagra Afonso ficando com Sandra. O termo “ficando” cai bem nessa ação para mostrar o tom juvenil da trama.

Elenco de primeira

O elenco de primeira linha é desperdiçado com esses conflitos rasos que prejudicam uma interpretação mais intensa. As atrizes Rosanne Mulholland (de “Falsa Loura”) e Caroline Abras (de “O Mecanismo”), então, nem mesmo receberam a atenção de obterem um mínimo de aprofundamento de seus personagens. E seus brilhos próprios na tela acentuam essa falha do roteiro, como que buscassem um lugar para mostrarem seus talentos.

Os clichês atingem o extremo na conclusão do filme, terminando com um casamento e fogos de artifício quando o casal principal se beija. Todos os conflitos se resolvem e assim se encerra esse drama romântico inofensivo, uma diversão rasa como a visão de um adolescente sobre os problemas adultos. A realização, inegavelmente, possui qualidade técnica, mas a estória de “Entre Idas e Vindas” comprova que a busca do sucesso comercial afasta a pretensão artística.


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