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Eu Sou Mais Eu (2019)
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Eu Sou Mais Eu

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

A comédia juvenil Eu Sou Mais Eu conta com elenco famoso para abordar o respeito ao próximo.

No elenco, desfilam a vlogueira Kéfera Buchmann, o ator dos comerciais da Vivo João Côrtes e a musa da TV Giovanna Lancellotti. Kéfera vive Camilla, uma popstar interessada somente em si mesma, que não liga para os fãs e nem para os antigos amigos. Por isso, destrata Cabeça (João Côrtes), seu “best friend forever” da adolescência, quando ele a reencontra para entrevista-la. Maltrato ainda pior sobra para outra colega da época, a bela Drica (Giovanna Lancellotti), com quem sai no tapa em um restaurante. Uma estranha fã, então, invade sua casa e a leva para o passado, para 2004, quando Camilla tinha 16 anos, e era o oposto da poderosa celebridade que se tornaria. Então vítima do bullying das colegas, lideradas por Drica, ela usa sua experiência de 30 anos de idade para dar a volta por cima. Porém, ela só poderá voltar a futuro quando descobrir seu verdadeiro eu.

Público-alvo

O público adequado para Eu Sou Mais Eu começa a partir dos 16 anos de idade. Aliás, que fique claro que o filme não é indicado aos que começam a adolescência, dada a avalanche de palavrões e insinuações sexuais. Dito isso, a temática comportamental abordada é muito relevante. Não só do bullying, apresentado aqui de forma crítica, mas também essencial para a trama. Ao apresentar o drama vivido por Camilla, alvo de chacota da turma toda, a história explica o motivo do futuro comportamento cruel quando consegue fama e fortuna. Ou seja, a garota endureceu para sobreviver aos sofrimentos, e não nutre nenhuma afeição por outros seres humanos.

Assim, Camilla é uma versão do Scrooge de “Um Conto de Natal” de Charles Dickens. Eu Sou Mais Eu valoriza a transformação da personagem, criando uma instigante sucessão de atos praticados por Camilla ao voltar para a adolescência que a conduzem para se tornar a mesma pessoa desprezível do futuro. A trama suspende até o último momento a cena em que ela poderá se transformar. É o que o filme tem de melhor. Contudo, esse instante revelador deveria ser outro, evitando que descambasse no grande bullying final, porque daí fecharia melhor a relação com a mudança da personagem.

Alguns problemas

Por outro lado, o passado de Camilla não representa um espaço de tempo muito extenso, apenas catorze anos. Esse pouco distanciamento cria uma dificuldade especial para a direção de arte, porque as diferenças não são assim tão notáveis como num intervalo maior, como nos anos 1970 ou 1980. Por isso, a solução foi evidenciar as diferenças em equipamentos tecnológicos e na cultura pop.

E, por sinal, a trama dramática, relacionada à transformação da protagonista, vale mais do que as piadas (que não funcionam tão bem, por serem previsíveis). Além disso, vale mais do que as tentativas de Kéfera de mostrar talento musical. Pelo menos, o filme acerta em não insistir nessa característica.

Enfim, Eu Sou Mais Eu poderia ter maneirado no tom malicioso para levar a mensagem anti-bullying, de respeito aos outros, para um público mais jovem, entrando na adolescência. Dessa forma, resultou num filme que não é nem Sessão da Tarde nem American Pie (1999).

 

Onde assistir:
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